Vila Verde: Associação Nacional de Guardas lamenta acusações baseadas apenas na "versão de suspeitos de crimes" (via Porto Canal)



A Associação Nacional de Guardas (ANAG) lamentou hoje que o movimento SOS Racismo se tenha baseado apenas "na versão de suspeitos de crimes" para acusar a GNR de recorrer a "extrema violência" numa rusga num acampamento cigano em Vila Verde.
"A ANAG lamenta que, no caso da operação em Vila Verde, [o movimento SOS Racismo] apenas tenha dado credibilidade à versão de suspeitos de crimes e não tenha tentado saber por que motivo os militares recorreram ao uso da força para cumprir as suas funções", refere um comunicado daquela associação.
No mesmo documento, a ANAG sublinha que os seis detidos naquela operação "são suspeitos de envolvimento em dezenas de assaltos e roubos dos distritos de Braga e Viana do Castelo" e lembra ao SOS Racismo "que há outros atos de extrema violência".
"Assaltos à mão armada são crimes de extrema violência. Uma arma de guerra apontada à cabeça é uma extrema violência para a vítima de assalto. Ser esfaqueado para ser roubado é de extrema violência. Ser ameaçado e insultado por ladrões é de extrema violência. Chegar a casa e ver que os seus bens foram roubados é extremamente violento. Ser vítima de roubo por esticão e ficar sem o fio de ouro é violência extrema", sustenta a ANAG.
A associação frisa que a GNR e as outras forças de polícia "trabalham todos os dias no combate ao crime, para que todos os cidadãos, seja qual for a sua etnia, raça ou religião, vivam em segurança".
Diz ainda lamentar que as crianças que vivem no acampamento tenham assistido àquela situação, mas acrescenta que, "em primeira instância, compete aos pais optar por comportamentos que assegurem o bem-estar dos menores".
A operação, desenvolvida na segunda-feira, resultou na detenção de seis indivíduos, por posse de arma proibida, resistência e coação e posse de artigos resultantes de furtos e roubos.
Um dos detidos, considerado pela GNR "extremamente perigoso", tinha pendente um mandado de captura, uma vez que tinha aproveitado uma saída precária da prisão para não mais lá voltar.
Os militares apreenderam duas armas de fogo, uma de calibre 9 milímetros e outra de calibre 6.35, além de 14 munições, um automóvel e várias armas brancas (uma catana, um bastão, dois tacos de basebol e um chicote).
Foram também apreendidos artigos em ouro, 1.200 euros e diverso material proveniente dos furtos e roubos, como computadores, máquinas fotográficas e telemóveis.
Segundo o SOS Racismo, os militares usaram de "extrema violência, recorrendo a choques elétricos, pontapés, socos, armas brancas, bastões e tiros de balas de borracha de forma indiscriminada, além de agressões verbais "de conteúdo racista".
Fonte da GNR disse à Lusa que foram usadas "as técnicas adequadas à perigosidade" da operação e lembrou que os membros da comunidade estavam armados e ofereceram resistência.

2 comentários:

Anónimo disse...

grande GNR se o fez foi porque o devia fazer se sempre assim pelo menos nao avia tantos gatunos um bem aja a nossa GNR um OBRIGADO a todos o MILITARES

Anónimo disse...

e com muita tristeza que digo isto.MAIS UMA VEZ A LEI ESTA PARA O GATONO. devia haver um dia para honrar a GNR.por estar a arriscar a suas vidas para nos proteger.