Vila Verde: PDM está pronto: só falta aprovação pela CCDR-N (via Correio do Minho)



A revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Vila Verde está concluída, garantiu sexta-feira o vereador António Zamith. 
“Falta só a aprovação pela Comissão pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte” (CCDRN), adiantou o autarca, que falava nos Paços do Concelho, com auditório repleto, em mais uma sessão ‘Vila Verde Cada Dia Melhor/Jornadas Locais de Desenvolvimento’.

O vereador lamentou que o processo tenha levado onze anos. A deliberação de avançar a revisão teve lugar dia 29 de Maio de 2002. Nesse ano, entre Julho e Setembro, decorreu a apresentação de sugestões, tendo sido registadas cerca de mil e duzentas. Em 2007 decorreram visitas ao concelho para avaliar a alteração à Reserva Agrícola Nacional e em 2008 a autarquia recebeu um aviso a dar conta da necessidade de criar uma comissão de acompanhamento. Em Dezembro de 2001 foi aprovada a revisão da Reserva Ecológica Nacional e em 14 de Fevereiro de 2013 a Comissão de Acompanhamento deu parecer favorável.

Dois pólos de desenvolvimento a norte e um a sul

Segundo revelou Pedro Zamith, com a nova revisão, o PDM de Vila Verde vai conter dois pólos de desenvolvimento estratégico na zona norte do concelho, um em Vade e outro em Ribeira do Neiva, e um terceiro a sul, junto ao Cávado, este com vocação para a indústria e os serviços.
“Um concelho de natureza, de serviços e de tecnologia” foi uma expressão usada pelo vereador ao definir a orientação do documento. 

Zamith preconizou a precedência do interesse público sobre os dos proprietários de terrenos, embora lembrando que estes continuam a usar do direito de participação e ponderação numa decisão final. “Queremos fazer um concelho moderno, um marco territorial da área metropolitana do Minho”, disse , frisando o propósito de preservar memórias, tradições e a natureza, mas com projecção e reconhecimentos nacionais”.

Mota Alves e Luís Macedo questionam despovoamento

A sessão alongou-se até à meia noite, com intervenções de Fernanda Paula Oliveira sobre ‘Os instrumentos de gestão do território como suportes de orientação estratégica’ e de Álvaro Carvalho, da CCDR-N, ‘A importância das novas centralidades no desenvolvimento local’,
Foram colocadas questões por pessoas do auditório, como Mota Alves, da Associação das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, que alertou para o despovoamento do meio rural. 

Sobre este tema Luís Macedo, da Comunidade Intermunicipal do Cávado, afirmou que “o interior está cada vez mais desagregado com a saída de serviços”, e questionou porque as populações não dispõem, como noutros países, de transportes adaptados a zonas de baixa densidade para ir aos hospitais ou aos mercados. O presidente da Assembleia Municipal, João Lobo, perguntou até que ponto os PDM articulam com as Comunidades Intermunicipais ou o direito comunitário. Paulo Sousa preconizou um “equilíbrio entre eficácia e eficiência” na gestão pública e lamentou que no PDM interesses privados estejam a perder importância.


Fonte Correio do Minho por Rui Serapicos (c/notícia completa)

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