Artur Jorge, comerciante vilaverdense, era ontem um homem amargurado, indignado por uma brigada do Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Braga lhe ter cancelado, de manhã, no campo de futebol da Loureira, a Feira de Caça de Vila Verde, por falta de licença.
“Pessoas que vieram de Viseu, Armamar, Guimarães, Penafiel e um meu convidado de Santarém tiveram de se ir embora, deixando-me envergonhado. E eu, sem culpa nenhuma” — desabafou, quase em soluços.
Justificando o desgosto, disse-nos que tratou da organização do evento há um mês, recolhendo toda a documentação que tem sido exigida em iniciativas desta natureza em vários pontos do país. Depois de ter investido 2 350 euros naquela que seria a primeira Feira de Caça da sua terra, nomeadamente nos dois dias gastos na limpeza e preparação do campo da Loureira, viu ontem a terra fugir-lhe debaixo dos pés.
“É o dia mais triste da minha vida. Por que não fizeram isso antes?” — interrogou, alegando não merecer o que lhe fizeram. “Envergonharam-me perante a minha família e pessoas que me conhecem” — acrescentou.
O programa da iniciativa ficou, assim, reduzido à corrida de galgos
Na GNR não se encontravam disponíveis elementos do SEPNA.
Fonte Correio do Minho por Luís Fernandes
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