Turiz: Jovem morre ao fugir à GNR


Um rapaz de 16 anos morreu hoje de madrugada, em Vila Verde, depois de ter sido atingido por uma bala. O jovem ia fugir de um militar da GNR, que já garantiu não terem sido efectuados disparos por parte da Guarda, apurou o PortugalDiário junto de fonte policial.

A Polícia Judiciária já está a investigar e, segundo os primeiros indícios recolhidos, a bala que matou o jovem não foi disparada pelos militares, apurou o PortugalDiário.

O incidente ocorreu pelas 3h45, no lugar da Fontecovas, Vila Verde, distrito de Braga, quando uma viatura da GNR com dois militares estava a patrulhar a zona. Os guardas avistaram um Fiat Uno estacionado com quatro indivíduos no interior e «ao tentar a abordagem puseram-se em fuga e foram perseguidos pela viatura da GNR, tendo a viatura se despistado pouco depois», explicou a mesma fonte.

A perseguição continuou a pé, tendo um dos militares detido um dos quatro jovens. O outro militar continuou a perseguição e, segundo fonte policial, quando começaram os disparos, o militar protegeu-se, verificando, momentos depois, que um dos jovens em fuga estava deitado no chão a sangrar.

O presidente da Junta de Freguesia de Turiz, Vila Verde, Arlindo Silva disse à Lusa que saiu de casa logo que os tiros acabaram e encontrou dois «GNR» escondidos atrás do portão da sua casa. «Ufa, safei-me por pouco», terá dito um dos guardas ao autarca, acrescentando que «as balas disparadas pelos fugitivos faiscavam» nos paralelos de pedra da estrada municipal, no lugar de Fontecovas.

O autarca, que saiu de casa às 03:45 da madrugada, chamou uma ambulância para tentar salvar a vida do rapaz, que estava estendido no chão a sangrar, tendo-o tapado com um cobertor. A bala terá atingido o jovem no coração.

A vítima, de 16 anos, ainda foi transportada pelos bombeiros ao Hospital de São Marcos, em Braga, onde já chegou sem vida. «Fui eu que ajudei a pô-lo dentro da ambulância», sublinhou o autarca, frisando que o conhecia bem, dado que era membro de uma família «problemática» da zona, e vivia com uma avó.

O detido é um jovem de 24 anos e segundo fonte policial não tem cadastro. O indivíduo terá afirmado às autoridades que não conhecia os dois homens que estão a monte, e são suspeitos de terem disparado, mas apenas o jovem de 16 anos que faleceu, apurou o PortugalDiário.

O presidente da junta encontrou também, no local, os fragmentos de um projéctil que entregou à GNR. A PJ/Braga está a averiguar a origem do disparo. Se não houver testemunhos presenciais, os exames de balística permitirão determinar se o tiro foi disparado por algum elemento da GNR ou por algum dos outros três jovens que fugiam daquela força policial.

No local, outros residentes, que também saíram de casa quando os tiros acabaram - «meia-dúzia», no mínimo, afirmam - garantiram que os elementos da GNR disseram que o jovem foi morto por disparos vindos de outros jovens que iam a correr, em fuga, e atiravam para trás, para tentar atingir os perseguidores. Fonte Portugal Diário por Cláudia Lima da Costa
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