Vila Verde: esvv.net e muito mais!





Hoje, como habitualmente, fui ao computador e abri a página esvv.net (página da Escola Secundária de Vila Verde). Pode parecer estranho eu falar da ESVV…
A reflexão que desejo partilhar com os leitores é a de que, se a vida não para, a “vida” da escola não tem mesmo forma de parar. Façam uma leitura pelos sítios na internet das escolas e verificarão que a escola não é apenas a sala de aula com o professor e os “seus” alunos.

A escola é um todo onde habitam alunos, professores, pais e encarregados de educação, pessoal auxiliar, administrativo e parceiros da comunidade que fazem da escola uma nova vila ou uma nova cidade do conhecimento. Ao abrir a referida página encontramos informações e notícias de iniciativas desenvolvidas naquela comunidade. 

E aqui destacaria a semana da leitura com exposições, poemas com cinema, oficina de ilustração, leituras cruzadas, maratona de leitura, discursos e comunicações várias; o ciclo de palestras no âmbito do Projeto Saúde do Professor - “Gestão do Stresse e da Voz”; ciclo de palestras para pais e encarregados de educação no âmbito do Projeto Família - “Dormir Bem, para Aprender Melhor”; as atividades do Dia da Saúde e divulgado nos media regionais e junto das paróquias do Concelho de Vila Verde; a participação no “II Encontro de Boas Práticas: literacias e pensamento crítico” em Braga, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, dando a conhecer os meandros do projeto EUGÉNIO da ESVV; a realização do Trilho do Rio Neiva que inaugurou a época oficial da aproximação da primavera e destinada a professores, assistentes operacionais e pessoal administrativo; a ESVV-GNR Escola Segura de “mãos dadas” na prevenção de comportamentos de risco - atividade enquadrada no plano de ação para três anos letivos; intercâmbio com uma escola da Madeira, dando importância à formação académica e ao amadurecimento dos alunos; o concurso literário 2014/15 promovido pela Associação de Pais e Encarregados de Educação. 

Haverá ainda dúvidas de que nas escolas não se trabalha o saber, a vida saudável, a construção do pensamento científico nos mais jovens? Todas as escolas trabalham com este entusiasmo. 
Haverá ainda dúvidas de que nas escolas não se trabalha o saber, a construção do pensamento científico nos mais jovens? Todas as escolas trabalham com este entusiasmo. Vem-me à memória um filme recentemente visto - “O FÍSICO”. Um filme que ilustra o quão longe se pode ir em busca do conhecimento. Na Inglaterra do século XI, um jovem - Rob Cole - que apenas luta pela sobrevivência no meio das adversidades decide embarcar na maior aventura de sua vida e parte para “o outro lado do mundo”, depois de saber que lá vivia o mais reputado físico - médico, cientista e filósofo - Ibn Sina, mantendo uma “escola - hospital”, algo impensável nos meios pobres da Europa medieval. 

A sua busca pelo conhecimento leva-o a Isfahan, na antiga Pérsia, e torna-se discípulo desse novo mestre, descobrindo as tradições e ciência do mundo árabe. Inb Sina diz a dado momento: “Calculei as órbitras de todas as estrelas e planetas e enchi os meus cadernos de cálculos, mas mal aflorei os verdadeiros segredos da criação”. Rob Cole questiona: “E isso não o deixa frustrado, haver muito que ainda não sabe?” E o sábio respondeu: “Que pálido e enfadonho seria este mundo sem mistérios”. Estudando arduamente em plena época de conflitos entre impérios orientais, passando por inúmeras provações e desafios, a sede de saber do jovem e a sua busca incansável pelo conhecimento não definham. O seu principal objetivo será por todo o conhecimento alcançado ao serviço dos outros, dando o seu contributo para um mundo um pouco melhor. 

Devemos estimular nos nossos jovens a necessidade do saber, o tudo fazerem, na sua aprendizagem escolar, por uma sociedade melhor que é a deles e à qual terão a responsabilidade de liderarem daqui a uns poucos anos. Como diria o professor Fernando Ilhargo “mais de um terço dos nossos lamentos é de não termos estudado.” Temos que estar preparados para não deixarmos passar o tempo quando aspiramos a uma sociedade melhor, da qual a escola é o seu espelho. “Não há sociedades doentes com escolas boas, não há escolas doentes em sociedades boas”, como diria o professor Roberto Carneiro. 
Vamos deixar que as escolas continuem a oferecer um variado, criativo, rico e sublime plano de atividades para serem as construtoras de uma sociedade de valor.

Fonte Correio do Minho por Luís Monteiro

0 comentários: