Minho: Casal de Vila Verde nega assalto a uma mulher de 79 anos

Tribunal Central de Braga



O crime registou-se cerca das 14.40 horas do dia 20 de Abril de 2014, numa altura em que, segundo a acusação do Ministério Público, a idosa Maria F. seguia a pé em direcção a um terreno contíguo à sua residência, em Turiz, Vila Verde.

Nessa altura, os arguidos João J., de 53 anos, e sua mulher Maria J., de 47, fazendo-se transportar num automóvel verde, abordaram a ofendida.
João abriu a mala do carro e mostrou à idosa umas toalhas, perguntando-lhe se as queria comprar por 50 cêntimos. Ela recusou. E foi então que a arguida, colocando a mão na cabeça da vítima, disse à idosa que ela sofria de 'mal de inveja'.

A acusação acrescenta que, acto contínuo, a arguida agarrou o cordão de ouro com medalhão que a idosa trazia ao pescoço. O casal abandonou então o local no veículo em que se fizeram transportar. O cordão foi avaliado em 2 500 euros.
O Ministério Público acusa o casal da prática de um crime de roubo.
João encontra-se em prisão preventiva. Ele e sua mulher foram há dias julgados no Tribunal Central de Braga, perante o colectivo presidido pela juíza Sílvia Videira Martins.

Defendidos pela advogada Cristina F. Martinho, os ar guidos negaram a prática dos factos de que são acusados, sustentando que o 20 de Abril foi Dia de Páscoa e à essa hora estavam no hospital de Braga, de visita a um filho ali internado, na sequência de um grave acidente de viação de que fora vítima. Quatro cidadãos que integraram a comitiva de amigos da vítima e que testemunharam no julgamento, corroboraram e indicaram outras pessoas que também foram com os arguidos ao hospital. Os arguidos não possuem, entre os lhes pertencem, nenhum carro de cor verde.

Nas alegações finais, o procurador do Ministério Público, João Teixeira Alves, anotou as 'pequenas discrepâncias' nos depoimentos das testemunhas. Pediu uma pena 'ligeiramente acima dos 5 anos de prisão efectiva'. Mas se a pena for menor que isso, a mesma não deverá suspensa. Para a arguida pediu uma pena inferior a 5 anos de prisão, suspensa na sua execução.

A advogada de defesa 'atirou-se' ao militar da GNR que coordenou a investigação do caso, apontando 'lapsos' na inquirição das testemunhas. 'Não foi feito nenhum reconhecimento sério' -- acrescentou, pedindo a absolvição dos arguidos que agora esperam pela decisão do colectivo de juízes da ex-Vara Mista.

Fonte Correio do Minho por Luís Fernandes

0 comentários: