Turiz


População: 1385 habitantes (pelos Censos 2001)

Actividades Económicas: Agricultura, pecuária, extracção de pedra e transformação de madeira.

Festas e Romarias: Santa Maria de Turiz (2.º semana de Agosto) e Menino Jesus (25 de Dezembro).

Orago: Santa Maria

Património cultural e edificado: Igreja paroquial e Capela da Senhora da Piedade

Outros locais de interesse turístico: Penedo da Moura (Penedos Altos).

Gastronomia: Bolo à abade de priscos

Artesanato: Mantas de farrapos

Colectividades: Assoc. Cultural Recreativa e Desportiva de Turiz e Grupo Coral

Dista cerca de 4 Km da sede do concelho.
A antiga freguesia de Santa Maria de Turiz, do extinto concelho de Larim, era abadia da apresentação da família dos Barros, segundo o Pe. Carvalho (a “Estatística Paroquial” diz que era da apresentação alternativa dos Lobos, Calheiros e de Cristóvão de Almeida.
Em 1840 pertencia ao concelho de Vila Chã, extinto por decreto de 24 de Outubro de 1855, pelo qual a freguesia de Turiz passou para o de Vila Verde.
No Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, aparece com os seguintes lugares registados: Aldeia, Araújo, Arcas, Areosa, Barral, Carvalhais, Cimo de Vila, Cruzeiro, Fonte Cova, Gandra, Lameira, Pe-nedos Altos, Pombal, Ramada, Requeiras, Ribeiro, S. Simão, Souto, Telheirinhas e Torre.
O território da freguesia, propriamente o local denominado Turiz, é dos mais remotamente documentados entre nós, visto que figura nos nossos mais antigos diplomas latino-portugueses (séc. X). A própria arqueologia local e das imediações, pela sua importância (pelo menos documental), explica suficientemente que Turiz tivesse sido localidade ou “villa” de certa importância já séculos antes da nacionalidade. Não estava longe o notável castro de Barbudo, tão citado nos documentos bracarenses dos séculos XI e XII, sendo Turiz uma das “villas” rústicas sitas “sub castro Barbudo”, como Moure, etc.
Turiz é nome de origem germânica, e basear-se-á no nome pessoal Teodoricus, que já no século X tinha a forma portuguesa Teoderigo e Tuerigo.
A “villa” de Turiz, parece que totalmente, foi pertença, na primeira metade do século X, dos condes Ermenegildo Gonçalves e D. Mumadona Dias, e assim figura na repartição dois bens entre esta dona, já viúva, e seus filhos. Como a repartição coincide sobre os haveres do conde, é natural supor-se que Turiz fora herdada pelo conde Ermenegildo de seus pais, o conde Gonçalo Betotes e sua mulher, a condessa D. Teresa Eres (segunda metade do século IX), e talvez houvesse sido desta por herança paterna, dada a alta preponderância portugalense de seu pai, o conde D. Ero Fernandes, esposo da condessa D. Adozinda e da condessa D. Elvira (segunda mulher).
A igreja foi de origem “própria”: as Inquirições de 1220 e 1258 revelam que a coroa não tinha aqui qualquer direito de padroado. Por certo, era própria de fidalgos; e assim se compreende que ainda no século XVIII, já reunidas as freguesias de Santa Maria de Turiz e S. Martinho de Fradelos, tivessem um pároco só, apresentado por “giro” por três casas nobres — a Quinta da Fraga, a Quinta da Tapada, e a Quinta da Penha de França, tendo o abade um rendimento anual de 320 mil réis.

Bibliografia

Dicionário Enciclopédico das Freguesias 1º Volume (Braga-Porto-Viana do Castelo) –MinhaTerra (Estudos Regionais de Produção e Consumo, Lda)