Pires
O plano de saneamento financeiro da autarquia marcou a Assembleia Municipal extraordinária de ontem. Aprovação por maioria do empréstimo superior a 15 milhões de euros ainda tem ecos no dia de hoje com a divulgação de dois comunicados, um do PS outro da CDU.
Os socialistas ironizam com a alegada «boa saúde financeira» da autarquia: «gozando o município de boa saúde financeira, o normal seria que não existissem dívidas descontroladas, que os fornecedores da Câmara recebessem a tempo e horas, que os protocolos com as Juntas de Freguesia e as associações estivessem em dia, que a famosa Lei dos compromissos financeiros não fosse nenhum embaraço para a gestão do executivo municipal. Nada disso se verifica em Vila Verde. Bem pelo contrário. Pelo estudo feito por uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas, ficamos a saber que a boa saúde financeira da Câmara Municipal de Vila Verde, afinal, se resume a um buraco colossal que exige, agora, e só para satisfazer compromissos de curto prazo, uma injecção de 15,8 milhões de euros». No entanto, os socialistas votaram a favor do documento.
Já CDU, que votou contra é mais contundente: «na reunião do executivo camarário, ao que parece não surgiram duvidas ou desconhecimento acerca das consequências e impactos que este plano que vai ter na vida das populações. Nós aqui queremos afirmar que temos dúvidas! Que temos preocupações! Que desconhecemos as consequências deste plano para os munícipes de Vila Verde», e lançam algumas perguntas: «Quanto vai custar aos cofres do município este empréstimo? Por quanto tempo vai ficar endividada a autarquia? Que contrapartidas quer o Governo? Que apoios sociais vão ser cortados? O que restará da autonomia da Câmara Municipal e desta Assembleia se este plano for aprovado? Para quem, para pagar que dívidas no concreto, servirá este empréstimo?»
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