Braga: Distrito com mais risco de incêndio e menos meios (Via Correio do Minho)



O distrito de Braga tem estado a braços com vários incêndios, tal como tem acontecido em diversos pontos do país, numa altura em que já foi desmobilizado o reforço de meios do período crítico.

O fim ‘oficial’ do período crítico não dita o fim dos incêndios e mantém-se a proibição de fazer queimas e queimadas e outras actividades com recurso ao fogo. Isto porque a proibição decorre do nível de risco de incêndio e vários concelhos do distrito e do país têm estado sob risco muito elevado e máximo de incêndio.

Hoje mesmo, sete dos 14 concelhos do distrito de Braga apresentam risco muito elevado de incêndio, de acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil.
Importa lembrar que uma queimada - ainda que autorizada pela Câmara Municipal da área - que degenere em incêndio passa a configurar o crime de incêndio e as autoridades não ‘desmobilizaram’ nesta matéria.

O tempo seco e quente tem sido pretexto para incêndios, muitos deles com início no período nocturno, o que não deixa dúvidas quanto à sua origem humana.
Por outro lado, o dispositivo especial de combate a incêndios foi reduzido com o fim da fase Charlie. Das 22 equipas de combate a incêndios que estiveram no terreno até 30 de Setembro, apenas seis estão operacionais no distrito.

Ao todo, esta Fase Delta conta com um dispositivo de 301 elementos, apoiados por 66 veículos e dois meios aéreos.
A Liga dos Bombeiros Portugueses veio ontem apelar para que seja interrompida a desmobilização do dispositivo face à previsão de tempo quente.

Vários incêndios em diferentes concelhos do distrito

Vários incêndios deflagraram na madrugada e dia de ontem em diferentes concelhos do distrito de Braga.
Por volta da 01.00 hora de ontem, os Bombeiros Voluntários de Barcelinhos foram alertados para um incêndio no Monte da Franqueira, na freguesia de Pereira, concelho de Barcelos.

Além dos Voluntários de Barcelinhos, o combate a este incêndio mobilizou os Bombeiros Voluntários de Barcelos, Viatodos e Esposende.
Só de manhã é que o combate foi dado como terminado, mantendo-se, no local, alguns bombeiros de vigilância.
Ainda no concelho de Barcelos, durante a tardem deflagrou um incêndio no Monte do Facho, em Galegos Stª Maria, onde os Voluntários de Barcelos contaram com o apoio dos Voluntários de Barcelinhos.

No concelho de Vila Verde, os incêndios deram que fazer ao cair da noite de sábado. Com cerca de meia hora de diferença, deflagraram incêndios nas freguesias de Travassós e de Duas Igrejas que foram combatidos pelos Bombeiros Voluntários locais.
Os Bombeiros de Vila Verde voltaram a ser chamados ao combate, ao início da tarde de ontem, quando um incêndio deflagrou na freguesia de Dossãos, e ao final da tarde, pelas 18.30 horas, quando foi dado o alerta de incêndio em Moure, onde contaram com o apoio dos Voluntários de Amares.

No concelho de Braga, o alerta de incêndio foi dado às 12.50 horas para a zona da Falperra com os Bombeiros Sapadores de Braga a combater um pequeno foco.
Os Bombeiros Voluntários de Braga ainda chegaram a ser mobilizados, mas acabaram por virar-se para o combate a um incêndio na freguesia de Palmeira, na mesma zona onde ardeu, por várias vezes, esta semana.

Os Bombeiros Voluntários Famalicenses também combateram, durante o dia de ontem, pequenos focos de incêndio no concelho de Vila Nova de Famalicão, nomeadamente na freguesia de Fradelos, onde foram chamados também os Bombeiros Voluntários de Riba d’ Ave.
Em todo o país, deflagraram ontem mais de 240 ocorrências. Aliás, nos dois primeiros dias de Outubro já se registaram cerca de 500 incêndios.

Fonte Correio do Minho por Teresa M. Costa

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