Portugal: Vaga de frio mantém-se até depois de amanhã



O mau tempo que nos últimos dias cortou estradas, fechou escolas e isolou muitas aldeias do interior Norte e Centro do país, deverá manter-se até depois de amanhã. O Instituto de Meteorologia admite mais chuva, neve e temperaturas muito baixas, sobretudo na Guarda.

A vaga de frio que está a assolar alguns países europeus, Portugal incluído, promete agravar-se com frio intenso, precipitação e neve acima dos 600 metros em vários distritos do Norte. A previsão é do Instituto de Meteorologia (IM) que prevê melhorias graduais, com céu geralmente pouco nublado e sem chuva, apenas a partir de depois de amanhã.

Bragança, Covilhã e Penhas Douradas serão as regiões mais afectadas pelo frio, a partir de amanhã, altura em que "poderão voltar a ficar sob aviso amarelo", alerta o IM, embora a situação mais aguda esteja já a verificar-se no distrito da Guarda.
"Ao nível de temperaturas mínimas muito baixas, apenas o distrito da Guarda, que atingiu o limite, está com aviso amarelo de temperatura mínima baixa até sexta-feira", disse, ao JN, Cristina Simões, técnica superior do IM.

A meteorologista desdramatiza a eventual antecipação da invernia em Portugal. "Esta vaga de frio não veio antes do tempo. Afinal, estamos a caminho do Inverno e o resto da Europa está a viver situações muito piores".

O dia de ontem foi relativamente ameno no interior norte e centro do país, mas nem por isso deixou de fazer estragos.

O despiste de um camião no viaduto da A24, em Pedras Salgadas (Chaves), ao início da manhã, revelou-se o mais aparatoso acidente provocado pela queda de neve. Ao sair da via, o veículo invadiu os rails de protecção, ficando com a cabina suspensa no viaduto do rio Avelâmes. O condutor, de Vila Verde, sofreu apenas ferimentos ligeiros. O veículo foi removido 12 horas depois.

Em Montalegre e Boticas a neve também provocou vários transtornos e obrigou a Protecção Civil a colocar no terreno toda a frota de remoção de neve. As escolas estiveram encerradas e a maioria das aldeias isoladas.

Em Vila Real, os principais acessos estiveram transitáveis, mantendo-se encerradas algumas estradas nacionais e municipais em zonas de montanha. Algumas escolas também se mantiveram encerradas em Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Boticas, Ribeira de Pena e Montalegre.

Na Guarda, as aulas continuaram suspensas em todas as escolas. A protecção civil municipal considerou que "ainda não estavam reunidas todas as condições de segurança, nomeadamente as relacionadas com a circulação rodoviária". Pelo mesmo motivo, os estabelecimentos de ensino de Trancoso também não abriram. Fonte JN por Teresa Cardoso

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