Braga: Iniciativa "Limpar Portugal" no distrito registou forte adesão



Nem a chuva impiedosa que caiu durante todo o dia demoveu os bracarenses de limparem o concelho.


O distrito registou uma forte adesão, estimando-se que cerca de 10 mil cidadãos participaram no projecto ‘Limpar Portugal’, eliminando as principais lixeiras existentes.
Logo pelas 9 horas, os voluntários compareceram junto dos doze centros operacionais espalhados pelo concelho.

Um dos centros operacionais mais concorridos foi o da Falperra, por este ser um dos locais mais emblemáticos do concelho.
Rita Fonseca, do Clube de Orientação do Minho, começou a recolher lixo na Santa Marta das Cortiças pouco passavam das 9 horas.
O esforço para encontrar lixo não foi grande.
“Encontrámos equipamentos de automóveis, bancos, sanitas, todo o tipo de tijoleiras, garrafas, latas. Muito lixo mesmo”, diz Rita.

Catarina Marques, também do Clube de Orientação do Minho, acompanhou a amiga nesta missão ecológica apesar da chuva que teimava em cair. “Já estamos habituados a este tipo de condições”, refere a jovem que tal como a restante equipa do clube ficou surpreendida com a quantidade de lixo que encontrou na mata .
“Encontrei lixo que não imaginava encontrar. De todo o tipo, desde sapatos a sanitas. As pessoas chega e atiram o lixo sem qualquer preocupação”, refere a jovem.

Também logo pela manhã percebeu-se que os apoios de várias empresas e entidades públicas e privadas à iniciativa estavam a funcionar no terreno.
A Braval, empresa de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos contribuiu com a distribuição vinte mil sacos destinados à separação de resíduos recicláveis, ecopontos, para além do transporte de resíduos para a estação de triagem.

A Agere afectou aos vários centros operacionais contentores industriais para a recolha de lixo indiferenciado.
Por sua vez, os TUB/EM proporcionaram a todos os interessados em participar na iniciativa dois circuitos de forma totalmente gratuita que cobriu a zona Este do concelho (Bom Jesus, Falperra, Este S. Pedro, Tenões) e a zona Norte (Vale do Cáva do). Também o Exército se associou ao projecto, disponibilizando, em vários pontos do país, mais de 100 viaturas e cerca de mil militares. Braga foi um dos concelhos que beneficiaram do apoio dos elementos do Exército.

Braval recolheu 500 toneladas

Quinhentas toneladas de lixo! Este foi o valor em resíduos recolhidos durante o dia de ontem pela Braval nos municípios de Terras de Bouro, Amares, Vila Verde, Braga, Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso resultante do projecto ‘Limpar Portugal’.

O número foi confirmado ao ‘CM’ no final da tarde pelo director executivo da empresa.
Pedro Machado referiu que dos resíduos recolhidos, apenas 10 por cento são recicláveis, já que os restantes estão ‘contaminados, por terra e lama, um facto resultante das más condições climatéricas que se fizeram sentir durante o dia de ontem e, principalmente, pelo facto de os resíduos estarem depositados em locais inapropriados.

Entre as toneladas de lixo recolhidas pela Braval encontra-se um pouco de tudo, desde bidões, embalagens plásticas, resíduos de construção e demolição, electrodomésticos de todo o tipo, como frigoríficos, máquinas de lavar, aspiradores.
Só no concelho da Póvoa de Lanhoso foram recolhidas 100 toneladas de lixo.
Em Braga, o número sobe para 300.

Para Pedro Machado estes número revelam a falta de civismo de muitos cidadãos e a inexistência de uma cultura ambiental. O director executivo da Braval chama ainda a atenção para o facto dos resíduos industriais terem sido alvo de uma privatização com custos muito elevados.
Segundo o ‘Guimarães Digital’ cerca de 180 toneladas de lixo foram recolhidas no concelho durante a manhã de ontem no âmbito do projecto Limpar Portugal.

Numa apreciação ao modo como decorreu o projecto , o coordenador concelhio, Alberto Ferreira, adiantou à mesma fonte que o balanço foi positivo. A recolha de lixo decorreu em todo o concelho com excepção do centro da cidade, onde a baixa adesão de voluntários levou ao cancelamento da prevista eliminação de oito focos de lixo. Fonte Correio do Minho por Paula Maia

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