Vila Verde: CDS/PP continua sem encontrar uma solução para as autárquicas



O 'deposto' candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Vila Verde prepara-se para tomar posição pública sobre a retirada da confiança política por parte da concelhia vilaverdense. O jovem Bruno Barreto deve promover, ainda hoje, um esclarecimento público, depois de feita uma análise jurídica do caso.

Bruno Barreto admite manter a candidatura, pelo menos até que conheça uma posição oficial das distrital e nacional do partido. Estas ficaram 'baralhadas' com a posição da concelhia, menos de uma semana depois do presidente da distrital, Nuno Melo, e da nacional, Paulo Portas, terem estado na apresentação do candidato e manifestado total apoio.

A concelhia do CDS-PP de Vila Verde continua remetida a um porfiado silêncio. Aguarda-se a apresentação das razões que levaram a esta postura, que levou mesmo à demissão da vice-presidente do partido, a 'histórica' Conceição Alves.
Também se desconhece a estratégia futura a adoptar pela concelhia, que se limitou, para já, a retirar a campanha em torno do candidato Bruno Barreto.

Conceição Alves acusa mesmo o presidente da concelhia, Daniel Cerqueira, de ter adoptado uma «postura arrogante, pouco compreensiva e mesmo de imposição de uma posição sem justificações bem sustentadas». De acordo com a mesma, o jovem arquitecto Bruno Barreto foi «acusado de coisas que eram conhecidas do presidente da concelhia desde o primeiro instante.Questões que o candidato esclareceu cabalmente e que acabariam por não comprometer o projecto».

Fala de uma reunião «muito quente, com uma estratégia de condenação e imolação do candidato, que se mostrou humilde, compreensivo, pacificador e disponível para ultrapassar os problemas levantados». Conceição Alves diz que, «perante o quadro traçado e depois de pedir para que esclarecessem se não haveria outras razões escondidas, volvidas duas horas, acabou por pedir a demissão formal e abandonar a reunião».

O pedido de demissão acabou por ser oficilizado esta segunda-feira, através de declaração escrita enviada à concelhia, distrital e nacional do partido.Na sua declaração de demissão, Conceição Alves aponta como razões gerais «divergência de opiniões quanto à interrupção ou prossecução da candidatura à Câmara Municipal» e aponta a «débil fundamentação dos factos».

Na hora da saída, Conceição Alves lamenta «o desnorte, a prepotência, a arrogância e a falta de valores que estão a tomar conta do CDS-PP de Vila Verde. Nesta coisas - de acordo com a mesma - não vale tudo».

Apesar da insistência, o ainda líder da concelhia, Daniel Cerqueira, não responde às diversas tentativas de contacto. Fonte Rádio Voz do Neiva

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