Portugal: Tabaco, a saúde está primeiro


1 de Janeiro foi o dia D para os fumadores em Portugal e os efeitos já eramprevisíveis. Em bares, cafés e restaurantes havia avisos afixados nas portas ou paredes: «a partir de 1 de Janeiro deixará de ser permitido fumar no interior deste estabelecimento». António Fonseca, presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP) diz que «90 por cento» dos associados desta entidade terão os seus estabelecimentos livres de fumo.

Além das preocupações económicas, já que António Fonseca diz que as obras de adaptação são «um investimento considerável», há a preocupação com a saúde. «É óbvio que caminhamos para a proibição total de fumar em espaços fechados e ainda bem, já que a saúde está a acima de tudo e pode ser que as pessoas até deixem de fumar».

E não é só a saúde dos clientes, mas também dos funcionários. António Condé Pinto, director-geral da Unihsnor (União dos Industriais de Hotelaria e Similares do Norte de Portugal) diz que «os comerciantes estão satisfeitos porque se os clientes se queixam do fumo, imaginem alguém que passa todo o dia no estabelecimento». O responsável diz que os associados estão muito sensíveis a estas questões até «porque há historial de problemas graves de saúde em pessoas que passam muito tempo em ambientes com fumo». E recorda que há ainda vantagens para os espaços, já que o fumo acabava por estragar equipamentos, paredes e materiais como, por exemplo, talha dourada.

António Condé Pinto diz que «nos primeiros dias deverá ser difícil a habituação» aos desígnios da nova lei, mas acredita que «rapidamente as pessoas estarão adaptadas». Fonte Portugal Diário por Sara Marques


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