Mundo: Vilaverdense sobrevive a acidente do voo da TAAG em Mbanza-Congo


Há um sobrevivente português no grave acidente de avião que ocorreu em Mbanza-Congo, Angola. Trata-se de Ricardo Silva, engenheiro que trabalha naquele país há sete anos e que viajava desde Luanda. Em declarações exclusivas ao PortugalDiário, via telefone, assegurou que está bem, tendo escapando apenas com «pequeno um arranhão na cabeça».

«O ambiente é de consternação, porque ainda estamos todos chocados com o que aconteceu. O avião partiu-se a meio mesmo à minha frente, mas felizmente sobrevivi sem qualquer problema», começou por dizer desde o aeroporto. Ainda chocado, conta que ficou apenas com um livro e o cartão de identificação da empresa, perdendo a restante bagagem.

«Estava tudo a correr normalmente e, quando o avião já fazia o trajecto de aterragem, ouvimos um enorme estrondo e numa fracção de segundos vimos a destruição. O pânico instalou-se, com as pessoas a saírem pelas portas de emergência. Eu saí pela parte da frente, porque o avião partiu-se a meio muito próximo do meu lugar», contou, acrescentando que viajou junto às asas, o que terá sido fundamental para se salvar.

Ricardo Silva é natural de Vila Verde, em Braga, e trabalha para a empresa Petroassist, onde exerce funções de engenheiro responsável pela assistência técnica e manutenção de postos de abastecimento de combustível em várias cidades de Angola. Tem 32 anos e vive em Luanda há cerca de sete anos. Nunca tinha vivido uma situação assim:

«Apesar do estrondo e de haver alguns mortos, a maioria das pessoas teve apenas pequenas escoriações. Já aterrei várias vezes aqui no Aeroporto de Mbanza Congo e nunca tive nenhum problema, pois tem condições razoáveis», contou, sabendo-se que o balanço existente dos 78 passageiros e sete tripulantes que viajavam no avião da TAAG aponta para seis mortos confirmados, um ferido em estrado crítico e 65 pessoas assistidas pelas equipas médicas.

Pai teve história igual

A família Silva parece estar protegida. É uma daquelas histórias que nos faz pensar. Isto porque o pai de Ricardo, Heitor Silva, também sobreviveu a um acidente de avião em Angola, nos anos setenta, quando participava na Guerra Colonial.

«É incrível, mas não é a primeira vez que isto acontece na nossa família. O nosso pai está sempre a contar a história de ter sobrevivido a um acidente de avião em Angola apenas com ligeiros ferimentos», contou também ao PortugalDiário o irmão de Ricardo, que curiosamente também se chama Heitor Silva e trabalha para a mesma Petroassist, mas em Portugal.

Apesar de ter ficado sem telemóvel ou bagagem, Ricardo Silva já conseguiu contactar a família e informar que conseguiu sobreviver a um acidente gravíssimo de avião apenas com um arranhão. Fonte Portugal Diário

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