Prado: Pais da escola EB1 da Igreja temem encerramento

Os pais e encarregados de educação da Escola do 1º ciclo do Ensino Básico do Bom Sucesso- nº 2, na Vila de Prado, suspeitam da existência de interesses imobiliários que levarão ao encerramento daquele espaço de ensino. Em comunicado, dizem não compreender que 20 crianças tenham sido inscritas naquela escola e tenham acabado por ser transferidas para outros espaços escolares da vila.

Em reunião da Associação de Pais e Encarregados de Educação, realizada no dia 13 de Julho, aqueles emitiram um comunicado mostrando a sua «estranheza» por, «após 5 anos de turmas com vários níveis na mesma sala, num ano em que se previa o acerto de uma sala, tenha sido criado – artificialmente – este problema». Dizem que esta situação configura «injustiça em relação a outras escolas do agrupamento», vincando que «os alunos que ali se matricularam – e foram transferidos para resolverem problemas de outras escolas – criaram problemas nesta escola». Atentam, ainda, que «esta escola teve um nível de aproveitamento de praticamente 100%, com apenas uma retenção».

Perante este quadro, não compreendem que «com este nível de sucesso educativo, porque alteram a situação. A Ministra da Educação afirmou publicamente que não há falta de dinheiro, o que é preciso é aplicá-lo bem». Por isso, questionam «porque é que não se investe na criação de mais duas salas de aulas e uma cantina, para poder ser aplicado o horário normal?».
Os pais temem que existam «interesses imobiliários» por detrás desta situação. «Não há fumo sem fogo», pode ler-se no comunicado enviado à comunicação social.

Os pais e encarregados de educação «não aceitam esta situação» e prometem que – caso não seja alterada – «endurecerão as suas formas de luta, culminando com manifestações de protesto no início do ano escolar». Afirmam, por fim, que se os seus filhos foram matriculados primariamente na escola da Igreja, «assim se deverá manter».
O agrupamento de escolas fala em «falta de condições físicas» para acolher aquelas crianças e nota que «é anti-pedagógico acolher turmas com vários níveis na mesma sala». Fonte Voz do Neiva por Carlos Silva