Minho: Presidente da ATAHCA Mota Alves, com sede em Vila Verde, aguarda pela classificação da Abadia como Monumento Nacional





Presidente da ATAHCA admite dificuldades financeiras que colocam entraves à recuperação do templo. Santuário da Abadia em Amares Santuário da Abadia em Amares.


O responsável máximo da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA), associação com sede em Vila Verde, Braga, apelou aos habitantes da região do Cávado e Homem para ajudarem à conservação do templo da Senhora da Abadia, situado no concelho de Amares. O presidente da ATAHCA esteve de visita ao templo de culto no âmbito dos "Concertos Rurais", iniciativa que tem percorrido espaços menos comuns com concertos musicais.

Mota Alves, que também é um dos confrades daquele templo secular, anunciou que o Santuário da Senhora da Abadia está na iminência de ser classificado como Monumento Nacional. "É um processo que está decorrer e que terá um bom final. Será uma classificação importante e merecida deste espaço", indicou, acrescentando que um dos grandes problemas do santuário, um mosteiro de montanha, é "a falta de verbas". "Enquanto presidente da ATAHCA acredito que vamos conseguir angariar fundos para requalificar este espaço e mantê-lo como uma das principais atrações turísticas e religiosas da região", sublinhou Mota Alves. Situação que todos, incluindo visitantes, católicos e não católicos, podem ajudar. "É um desafio que vos deixo, ajudar a manter o santuário que, a curto prazo, será classificado como monumento nacional", frisou o presidente da ATAHCA.

Segundo Narciso Fernandes, cónego responsável pelo espaço da cura bracarense, a Abadia quer captar verbas para dar início a projeto de desvio de trânsito do santuário e proceder aos arranjos dos quartéis dos romeiros. "Estas são duas das prioridades sinaladas", disse. Para o cónego, o santuário é uma obra constante do antigo mosteiro da Ordem de Cister. "Efetivamente a Abadia está muito abandonada. É um santuário que fica fora das rotas habituais de passeio, um santuário de acessos difíceis. É urgente revitalizar este santuário, não só pela história que remonta ao século VIII", apela Narciso Fernandes.

Na opinião do cónego, a Abadia precisa de rever o complexo dos quartéis dos romeiros. "Temos que transformar isto numa estalagem de unidades familiares que possam passar tempo de reflexão. Não só nas festas, mas também durante todo ano", frisa Narciso Fernandes.


Brasileiros são os que mais procuram a Abadia

Muitos dos visitantes vêm do estrangeiro e são brasileiros. "A explicação é simples, pois em Goiás a Nossa Senhora da Abadia é a padroeira. Temos muita procura de gente daí e este santuário é uma relíquia para eles", destaca Narciso Fernandes. O Santuário de Nossa Senhora da Abadia, que muitos dizem ter origem num eremitério do século VII, é considerado um dos mosteiros mais antigos - senão o mais antigo - da Península Ibérica e é atração do turismo religioso.

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