Vila Verde: Seminário adverte para maior envolvimento dos pais na escola


“É preciso mais envolvimento dos pais na escola”. Palavras de Sara Martins, estagiária do curso de Serviço Social, que organizou ontem, na Escola Secundária de Vila Verde, um seminário sobre ‘Educação através das Acções e Emoções’ promovido durante todo o dia especialmente aos encarregados de educação e a toda a comunidade escolar.
A responsável alerta para uma maior presença dos pais nas actividades escolares e extra-curriculares dos seus filhos com o objectivo de potenciar o sucesso educativo e social dos alunos.

A questão da ‘Educação e Parentalidade’ foi esmiúçada durante a parte da manhã por Maria José Sequeira e aí foi mostrado como os pais muitas vezes passam um pouco à parte da vida escolar dos seus filhos.
Ainda da parte da manhã os alunos tiveram a oportunidade de ouvir um testemunho de um jovem de 28 anos que passou pelo pesadelo das drogas, tendo sensibilizado muito fortemente a plateia que o ouviu falar desta fase negra da sua vida, deixando uma mensagem positiva e um apelo para que os jovens evitem a todo o custo o contacto com estupefacientes. 

“Este projecto foi desenvolvido no âmbito do meu estágio aqui na escola Secundária de Vila Verde, no sentido de alertar os pais e a comunidade escolar em geral para o problema em concreto que não se nota o envolvimento parental na escola”, explicou Sara Martins, indicando que “muitas vezes as acções que são tomadas por parte dos alunos são precisamente o reflexo das suas emoções, que muitas vezes já carregam desde casa”.

No âmbito deste seminário foi também apresentado o Clube de Inteligência Emocional que está a ser implementado desde há três anos no Agrupamento de Escolas Trigal Santa Maria (Braga) - um projecto que tem ajudado os alunos a gerir as suas emoções.

Ricardo Leite é o professor e coordenador deste clube, que no fundo faz a aplicação do projecto ‘Aprender a Ser Feliz’ patenteado pela professora Manuela Queirós, da Universidade de Aveiro. 
“Este clube visa essencialmente que os alunos tenham maior facilidade em identificar as suas emoções, em compreendê-las e saber regulá-las no sentido de ter um maior bem-estar e a partir daí melhorar os seus relacionamentos interpessoais e também as suas competências académicas”, explicou o coordenador do Clube de Inteligência Emocional, que refere que “as emoções são sempre respostas do corpo a determinados estímulos”.

O clube funciona semanalmente, durante 90 minutos, em que os alunos treinam a percepção, expressão e identificação das emoções em relação a si e aos outros, incluindo alguns exercícios de risoterapia e relaxamento com visualização criativa para baixar a frequência cerebral para um estado tipo meditação. 
Ricardo Leite garante que o projecto tem tido uma grande adesão e em termos de resultados “possibilita uma melhoria na interacção dos alunos” sobretudo quando há problemas comportamentais ou de stress.

Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira

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