Aboim da Nóbrega: Parque de Campismo de Aboim da Nóbrega é autosuficiente energeticamente (via C.M.)

Parque de Campismo de Aboim de Nóbrega


O Parque de Campismo de Aboim de Nóbrega, Vila Verde, é autosuficiente em termos energéticos, já que está equipado com um sistema de micro-geração eólica, hídrica e fotovoltaica. O equipamento foi ontem inaugurado pelos responsáveis locais, entre os quais a ATAHCA - Associação de Desenvolvimento Rural das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave e pela Câmara Municipal de Vila Verde e contou com a presença de Gabriela Ventura, gestora do Proder. A ATAHCA conseguiu, através do Proder (eixo 3) aprovar 108 projectos (contando apenas cinco desistências) e com isso a criação de 201 novos postos de trabalho - o que significa um investimento de 13 milhões de euros - seis milhões e meio de euros dos quais comparticipados pelo Proder. 

Mota Alves, presidente da ATAHCA, destacou que em termos de eficácia a associação regista “uma execução financeira de 68 por cento, com 100 por cento dos projectos aprovados”, assinalando que uma grande parte destes projectos serviu de impulso para muitos jovens regressarem à actividade agrícola, com projectos inovadores e criativos. 
O responsável garante que estes resultados só foram possíveis graças a “um trabalho de proximidade e contacto directo com os produtores/empresários agrícolas, às parcerias estabelecidas e às verbas que foram disponibilizadas e que são indispensáveis”.

Mota Alves aproveitou a ocasião para deixar um pedido à gestora do Proder, no sentido de que possa libertar mais três milhões e duzentos e vinte e três mil euros para dar andamento a outros novos 48 projectos já aprovados, mas ainda sem dotação financeira e que irão permitir a criação de mais uma centena de postos de trabalho na região.

Gabriela Ventura referiu, a propósito, que o apoio financeiro do Proder é importante, mas para que o sucesso do projecto seja efectivo, é essencial o i nvestimento privado também. 
“O mérito destes números, muito bons e importantes indicadores económicos, deve-se também ao facto de, até há bem pouco tempo, a agricultura ser vista como um fardo subsídio-dependente e hoje ser, na realidade, um contributo crescente para o emprego e também para o Produto Interno Bruto”, sublinhou, destacando que o sector agrícola é, talvez, o que está a melhor saber reagir à crise (por exemplo a área agroflorestal é já responsável por 20 por cento das exportações).

Na cerimónia onde foram ainda entregues novos contratos de apoio financeiro do Proder a empresários agrícolas da região, Gabriela Ventura apontou para o facto de só a nível do município de Vila Verde terem sido investidos através do Proder (eixo 1 e eixo 3) um total de 24 milhões de euros em 165 projectos.

A gestora do Proder salienta que muitos destes projectos apoiados pertencem a jovens agricultores altamente qualificados, sendo na sua esmagadora maioria, projectos para a produção de kiwi e de frutos vermelhos, pecuária (raças autócnones como por exemplo a barrosã) e ainda nas áreas do turismo e da preservação do património.
Gabriela Ventura avisou no entanto os jovens que a agrocultura não pode ser encarada como uma espécie de ‘El Dorado’, pois é uma actividade extremamente exigente. Mas referiu que quem quiser investir não pode esquecer o trabalho em rede, sobretudo, na perspectiva do escoamento dos produtos.

O presidente da câmara de Vila Verde, António Vilela, falou da importância local que têm tido os projectos apoiados pelo Proder - analisando a economia local e social. “Na verdade, os projectos que têm sido apoiados aqui no concelho, e que hoje visitámos, são excelentes exemplos da capacidade criativa e inovadora de muitos jovens que apostaram no sector agrícola”.

Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira

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