A freguesia de Marrancos, Vila Verde, cumpriu ontem um sonho antigo e inaugurou o seu Museu do Linho - o primeiro e único com estas características no país, para defender e preservar o ciclo do linho para as gerações vindouras. A cerimónia foi presidida pelo autarca de Vila Verde, António Vilela, que esteve acompanhado da vereadora da Cultura, Júlia Fernandes, e pela presidente da junta local, Anabela Fernandes, mas o momento foi presenciado por dezenas de habitantes locais e por outras individualidades vilaverdenses, entre as quais Mota Alves, da ATHACA e o vereador Luís Filipe Silva.
“Este museu é mais uma forma de defendermos as tradições de Vila Verde e é, apenas, o primeiro passo de um projecto muito mais grandioso que queremos para o concelho, onde pensamos criar uma rede de vários museus que se complementem em prol do turismo local e sirvam para impulsionar a atractividade do nosso território”, assinalou o presidente da Câmara Municipal de Vila Verde.
O autarca indica que este projecto vai agora continuar com a recuperação das azenhas vilaverdenses e assinala que o Museu do Linho “é também um incentivo para a recuperação da produção do linho no concelho”.
A cerimónia serviu ainda para homenagear Abílio Soares Ferreira, presidente da Associação Cultural e Recreativa de Marrancos (ACRM) e o principal impulsionador deste Museu do Linho vilaverdense, que doou todo o seu espólio particular do ciclo do linho para o espaço.
O Museu do Linho de Marrancos está instalado na antiga escola básica da freguesia, entretanto encerrada e que o município de Vila Verde requalificou, investindo cerca de 60 mil euros.
Ferramentas, artefactos, tecidos, trajes, peças de vestuário e fotografias coleccionadas desta actividade rural integram o espólio do museu, para além de uma componente mais tecnológica interpretativa do ciclo do linho, adicionando suportes informáticos e multimédia.
A ACRM, que é a entidade que ficará responsável pela gestão do espaço museológico, garante que esta “é a concretização de um sonho antigo em prol da defesa das nossas tradições e o nosso objectivo é atrair mais turistas à nossa terra e ao nosso concelho”.
Para Anabela Fernandes, a autarca de Marrancos considera que o museu “é um prémio pela dedicação da nossa freguesia à preservação das nossas tradições”.
Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira
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