Nevogilde: Sepultura polémica na freguesia (via Terras do Homem)

Nevogilde - Vila Verde

Uma sepultura do cemitério de Santa Marinha de Nevogilde está a gerar alguma polémica, depois da Junta de Freguesia ter enviado uma carta a Carina Costa, para que esta remova quatro guias e um tapete de relva da campa. Ora, Carina Costa afirma que procedeu a alterações na estrutura da campa devido às “constantes inundações” que afetavam a mesma. Só que a Junta garante que é essa intervenção que está a provocar o problema e a gerar contestação de outros habitantes.

Carina Costa defende que “não há nada, em nenhuma lei, que proíba de colocar um tapete de relva”. “Há quem coloque areia, jogas do mar, jogas de enfeite… e nós resolvemos colocar aquele tapete de relva. Já as guias foram colocadas porque todas as águas do cemitério iam desaguar à sepultura do meu pai”, garantiu, temendo que, em caso de incumprimento da ordem, “possa vir a ter que retirar do local os restos mortais” de José Ribeiro da Costa, seu pai, falecido a 2 de janeiro de 2011.

Carina Costa adianta, ainda, que já tentaram comprar a campa, mas não lhe tem sido permitido pela autarquia. “Se a campa está assim há quatro meses e não incomodou ninguém, por que só nos informou agora a Junta? Creio que é mesmo só para implicar connosco”, defende a queixosa, referindo que “há muitas mais campas livres”.

“Há 30 anos que aquela campa não é usada, precisamente por ser uma campa que mete água, o que leva a que o corpo não se decomponha tão rapidamente. Tenho testemunhas que me viram já a tirar de lá água ao balde”, garante. Carina Costa diz, também, que lhes foi “concedido o direito a deixar o corpo naquela campa pelo período mínimo de cinco anos” e que o mesmo “apenas está lá há dois”. “Se há mais 18 sepulturas vagas, porquê a implicação”, interroga.

Junta recusa guias

Contactado pelo jornal Terras do Homem, o presidente da Junta de Freguesia de Nevogilde, António Nogueira começa por lembrar que “a senhora é natural da freguesia”, mas que “quase nunca” lá viveu. “Por isso mesmo, não vendemos a campa. Já ficou acordado há muitos anos que não venderíamos campas a quem não residisse na freguesia”, acrescentou.

Quanto ao problema das inundações, António Nogueira garante que “a Junta procedeu, há algum tempo atrás, ao levantamento dos alicerces da campa em questão, quando soube do problema, para que a mesma deixasse de meter água”. “Desde aí, a água começou a circular normalmente pelos lados, entre essa e outra campa. No entanto, a senhora resolveu, ainda assim, colocar lá um tapete de relva e umas guias laterais que levam a que a água, agora sim, acumule em demasia naquele espaço”, contraditou.


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