Aviso prévio: estamos em Braga para falar de negócios, mas o futebol é inevitável. Corrigimos: mais do que inevitável, é o ponto de partida. Não há melhor desbloqueador de conversa em Braga.
Mas estamos mesmo a falar de futebol? "Não, tem tudo que ver com gestão e competência. Falo muitas vezes do Braga como um bom case study dos recursos humanos. Com uma equipa de gestão mínima e gastando menos do que a concorrência, o clube tem sucesso. Mas não me revejo na sua gestão centralizada", diz Pedro Tinoco Fraga, CEO e fundador da F3M, que fatura 5,7 milhões de euros e foi pioneira nos softwares de gestão.
Nas salas das maiores empresas da cidade, no gabinete do vice-reitor da Universidade do Minho ou no estúdio dos Mão Morta, voltamos sempre ao ponto de partida: o exemplo do Sporting de Braga. À sombra do sucesso do clube, esconde-se o líder, que evita dar entrevistas e impôs a lei da rolha aos dirigentes.
"O Braga é a imagem da direção. O presidente António Salvador e restante direção eram empresários de sucesso [António Salvador é presidente e dono da Britalar, empresa que começou na construção civil e se expandiu para o imobiliário, turismo e saúde]. Mudaram o clube. Compartimentaram a estrutura. Antes, um dirigente fazia quase tudo, agora está tudo definido, cada um tem a sua função", explica Miguel Pedro, que acumula o cargo de diretor municipal com o de baterista dos Mão Morta e o de presidente da Assembleia Geral da SAD do Sporting de Braga, sendo coautor dos estatutos.
Fonte site Dinheiro Vivo (veja aqui a notícia completa) por Paulo Jorge Magalhães
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