Vila de Prado: Alunos da E.B. Francelos voltaram a apanhar o galo (via Correio do Minho)



A ‘corrida do galo’ - uma tradição centenária do lugar de Francelos, na vila de Prado, Vila Verde, voltou, ontem, a repetir-se, perante o entusiasmo de largas dezenas de populares. O galináceo foi apanhado pelas crianças da escola básica e jardim infantil local e, mais uma vez, entregue à professora.

A origem desta tradição desconhece-se, mas todos sabem que ela se repetia todos os anos no Largo de S. Tiago, no Lugar de Francelos - precisamente no local que servia de recreio para a escola da terra. 

Como na época, os alunos eram maioritariamente pobres, juntavam-se no fim do ano lectivo para comprar um galo que acabariam por oferecer à sua professora, depois de uma corrida disputada por todos os rapazes, em que aquele que apanhava o galo, seria o protagonista da oferta, numa cerimónia singular que incluia as raparigas, que se juntavam ao grupo de rapazes, num cortejo animado e colorido com carrinhos de bois em miniatura engalanados até à casa da docente.

A história foi ontem recordada pela coordenadora do estabelecimento, Maria Fernanda Oliveira, acompanhada do sub-director do Agrupamento de Escolas de Prado, Luís Afonso, e repetida pelo presidente da associação de pais, Manuel Gonçalves, e pelo presidente da junta, Paulo Gomes, perante a multidão de gente, entre pais e curiosos, que se juntaram no mesmo local, por onde muitos passaram também, revivendo a tradicional ‘corrida do galo’.

Hoje em dia, a tradição, apesar de ter resistido, alterou-se um pouco. Os pais preferem-na ao domingo para melhor a (re)viverem, agora, com os seus próprios filhos Hoje, é uma tradição que está até incluída no Plano de Actividades da escola e são os pais dos alunos, em colaboração com a direcção, que a organizam. 

O autarca Paulo Gomes alerta para a possibilidade de a tradição poder não ser continuada, quando as crianças passarem para o novo centro escolar da vila, pois a tradição pertence apenas ao Lugar de Francelos.

Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira

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