
‘Era uma vez O Abade de Priscos’, de Inácio Pignatelli, é o título do livro apresentado anteontem, à noite , no salão nobre do Museu dos Biscainhos. A obra tem ilustrações de Manuela Bacelar.
O livro retrata de forma simples e objectiva uma das deslocações do Rei D. Luis I ao Minho com intervenção do Abade de Priscos naquilo que sabia fazer com mestria — a arte culinária. Requisitado inúmeras vezes para servir a corte, Inácio Nuno Pignatelli retrata com base em factos históricos reais uma refeição ficcionada na qual se faz pela primeira vez o famoso Pudim do Abade de Priscos.
Para além destes factos o autor não quis deixar de realçar o retrato social da época criando personagens bem enquadradas na peça escrita.
O salão nobre estava cheio de pessoas não só de Braga, mas também vindas de Vila Verde, do Porto e de outros pontos da região.
A introdução ao livro esteve a cargo Luísa Alvim, conservadora do Casa Camilo Castelo Branco, prima do autor que salientou o percurso dos escritor, a função de professor, e as obras que tem vindo a escrever com a democratização de leitura que abrange todo o tipo de público-alvo. Realçou de igual forma algumas passagens que fazem desta obra leitura obrigatória.
Agostinho Peixoto, presidente da Confraria Gastronómica do Abade, salientou a importância deste livro para a notoriedade e o conhecimento do percurso do Abade de Priscos, o seu papel na gastronomia e o legado que nos deixa de excelência das artes culinárias. “Esta obra reforça os objectivos da Confraria na defesa, promoção e divulgação da gastronomia bracarense, minhota e nacional. Por estas razões o Museu da Gastronomia faz todo o sentido e a Confraria tudo fará para que este projecto ganhe corpo”, afirmou.
/> Confraria dos Abadinhos
Agostinho Peixoto disse ainda que a Confraria dos Abadinhos, para crianças dos sete aos 15 anos, avançará ainda este mês com o primeiro atelier a realizar na sede em Priscos.
O presidente da Confraria agradeceu ao autor e à ilustradora a escolha do Abade de Priscos, finalista das Maravilhas Gastronómicas de Portugal, e com a receita em fase de certificação, este incentivo vem confirmar o rumo correcto que a Confraria decidiu em boa hora tomar.
A vereadora da Cultura de Vila Verde, Júlia Fernandes, reforçou a importância deste livro para o reconhecimento do percurso de um Homem da Terra, ilustre personalidade que enche de orgulho os Vilaverdenses, a Região e o País.
Inácio Piganatelli agradeceu todo o apoio que sentiu desde o primeiro momento que, numa noite de inverno, decidiu escrever sobre momentos da vida do Abade de Priscos, por parte da Câmara de Vila Verde, da Confraria Gastronómica do Abade e do Museu dos Biscainhos. Salientou o papel daqueles que já escreverem sobre o Abade como Domingos Xavier e Eduardo Pires de Oliveira, obras que serviram também de referência para o livro. O autor comprometeu-se com a região continuar a escrever sobre as pessoas que fazem desta Região um território único.
Confraria Gastronómica do Abade brindou assistência com prova de pudins
A apresentação deste livro terminou de forma muito especial. No final da sessão, a Confraria Gastronómica do Abade brincou todos os presentes, na cozinha velha do Museu dos Biscainhos, um espaço emblemático, com uma prova de pudins Abade de Priscos, da autoria de Laura Machado e do Chefe Vinagre que também quiseram estar presente nesta homenagem.
A acompanhar os pudins bebeu-se Vinho Verde de Vila Verde e Moscatel.
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