
Paulo Jorge Gomes, Presidente da Junta de Freguesia de Prado
A proposta partiu do Presidente da Junta de Freguesia de Prado e foi aprovada, por unanimidade, pela Assembleia Municipal de Vila Verde. Paulo Jorge Gomes defende a criação de uma rede de Lojas Sociais no concelho, em parceria com as juntas de freguesia.
No documento apresentado a votação, o autarca da Vila de Prado sugere que se estude um mapa concelhio para instalação de Lojas Sociais. Salientando que não faz sentido criar uma loja em cada freguesia, entende que o estudo é pertinente para que se possa criar uma rede de equipamentos distribuídos pelo território concelhio, ficando este minimamente coberto.
Paulo Jorge Gomes diz que se trata de uma proposta que “vai de encontro ao conceito de loja social que a Câmara Municipal de Vila Verde está já a implementar em algumas freguesias do concelho”. Ainda assim, alerta para a necessidade da gestão desses espaços ficar a cargo das juntas de freguesia. “São espaços de extrema importância, que devem ser geridos pelas juntas, quer pela proximidade, quer pelo conhecimento da realidade local que têm”, defende. Desta forma, “garante-se a realização de um bom trabalho, e evita-se um maior aproveitamento que surge em torno deste tipo de apoio social”.
O documento votado aponta, ainda, para que os recursos humanos necessários à gestão e funcionamento das Lojas Sociais sejam propostos pela Junta de Freguesia e também oriundos dos planos ocupacionais e/ou de reinserção social disponíveis. “Contribui-se, assim, para a reinserção social, para a ocupação de gente capaz, com energia e com ideias, mas que não consegue encontrar meios e forma de o demonstrar”, diz o autarca.
Lojas sociais no concelho
No concelho de Vila Verde, três lojas sociais estão já em fase de construção: na Vila de Prado, em Soutelo e no Pico de Regalados. “São medidas consensuais, dada a conjuntura económica e social do país. Somos obrigados a criar estratégias e métodos capazes de dar resposta e de combater fenómenos como a pobreza”. Uma realidade que Paulo Jorge Gomes diz ser “muitas vezes, oculta”, mas existe. E Prado não é excepção.
Atentos a esta realidade, os decisores políticos contemplaram a Vila de Prado com uma loja social que está em fase de obras. A estrutura vai funcionar no cimo da Avenida do Progresso, perto da junta de freguesia, ocupando o espaço de garagem numa zona de habitação social, que não estava a ser utilizado. “Já foi colocada luz, estão a ser feitas divisórias, para que sejam criados espaços destinados ao vestuário, à alimentação e para atendimento”.
O conceito
A Loja Social é uma resposta social solidária, de intervenção e emergência na área social, surgindo como uma estrutura de atendimento e acompanhamento de proximidade, com o objectivo de suprir as necessidades imediatas de famílias carenciadas, através da recolha de bens usados ou novos, doados por particulares ou empresas.
Pretende-se promover a melhoria das condições de vida de pessoas em situação de maior vulnerabilidade social, através da atribuição totalmente gratuita de bens de primeira necessidade; ao mesmo tempo, potenciar o envolvimento da sociedade civil, empresas e de todos os cidadãos na recolha dos bens.
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