O aumento generalizado no uso de computadores portáteis constituiu a base de uma investigação com o objectivo de avaliar as implicações ergonómicas da crescente utilização daqueles equipamentos.
Segundo Pedro Arezes, co-autor do estudo e investigador do Departamento de Produção e Sistemas da Universidade do Minho, ficam demonstrados os factores de risco para o desenvolvimento de lesões músculo-esqueléticas, referindo que “a panóplia de situações que encontrada mostra que há situações que se forem repetidas e continuadas podem trazer complicações ao nível da saúde”.
Pedro Arezes e Nelson Costa, da UMinho, juntaram-se a Ignacio Castelucci e Luis Franz, do Chile e Brasil, respectivamente, criando um consórcio de investigação, tendo como objecto de pesquisa a utilização de portáteis pelos universitários dos três países envolvidos, perspectivando os diferentes contextos culturais. Recorrendo à ergonomia, enquanto área de investigação, este projecto caracterizou, numa primeira fase, os principais aspectos relacionados com a sua utilização. Determinados e avaliados os principais factores de risco, tendo por base análises biomecânicas e fisiológicas, o professor e coordenador do estudo, referiu que “na fase de diagnóstico concluiu-se que os eventuais problemas se colocarão principalmente ao nível do pescoço, da parte inferior das costas e dos punhos”.
Para evitar efeitos negativos, segundo o especialista em ergonomia, há duas abordagens possíveis a fazer no imediato, sendo que “uma delas terá a ver mais com a concepção do equipamento e a outra seguramente com a forma como o utilizamos”. Enquanto algumas marcas já vão tendo em conta a ergonomia na concepção dos seus equipamentos, Pedro Arezes acredita que alguma prevenção “pode e deve ser feita junto dos utilizadores”.
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