Lage


População: 2244 habitantes (pelos Censos 2001)

Actividades Económicas: Agricultura, pecuária, indústria têxtil, panificação e construção civil.

Festas e Romarias: Santa Helena (3.º domingo de Agosto) e S. Julião (7 de Janeiro).

Orago: São Julião

Património cultural e edificado: Igreja paroquial, Capela de Santa Helena, pelourinho, Quinta do Olivão, Quinta da Capela, Solar de Febros, Quinta de Bouços e Quinta de Santarém.

Outros locais de interesse turístico: Miradouro de Santa Helena.

Artesanato: Bordados em linho, mantas de farrapos e cestaria em vime.

Colectividades: Associação Desportiva de Lage e Grupo Coral.


Dista cerca de 4 Km da sede do concelho, e está situada na margem esquerda do rio Febros, afluente do Cávado. Parte desta freguesia foi do Couto de Moure (na antiga comarca de Guimarães), e era, toda ela abadia da apresentação do ordinário. Pertenceu depois ao concelho de Prado, extinto em 24 de Setembro de 1855. Esteve na comarca de Braga e dali transitou para a de Vila Verde em 1862.
Uma curiosa lenda tenta explicar a origem do nome da povoação. Conseguindo libertar-se, lá muito alto, da águia que a arrebatara, certa raposa, ao sentir-se desamparada no espaço, grita, aflita, para uma laje, contra a qual julgava estatelar-se: “Arreda, laje, que te parto!”
No Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, de Américo Costa, estavam registados os lugares de Aguela, Agrelo, Aldeia, Assento, Bargo, Barroco, Barromau, Boal, Boca, Bonelinho, Botão, Bouças, Bouçós de Baixo e Bouçós de Cima, Cabo, Cardeira, Carradiça, Carregosa, Carvalhais, Carvalhal, Carvalhó, Casal, Castilhão, Cruzeiro, Igreja, Febros, Fonte, Godinho, Goja, Hospital, Monte de Santa Helena, Montinho, Nogueira, Olivães, Outeiro, Outeiros, Palmeiró, Penedos, Pemouco, Ponte, Quinta dos Outeiros, Quintão, Quintãs, Regadas, Ribeira, Ribeirinha, Roupeira, S. Miguel, Sarrela, Seara, Sobreiro, Souto, Talhos, Urjal, Varziela e Velido. Vários destes lugares foram, entretanto, desaparecendo enquanto tal e anexados a outros, por vezes tomando novas denominações.
A igreja paroquial, em estilo D. João V, é a mais ampla do concelho, sólida construção com paredes de dois metros de espessura.
No outeiro de Santa Helena há uma capelinha desta invocação, de onde se aprecia um vasto panorama.
Estão localizados nesta freguesia vários solares. Estes eram residências senhoriais de implantação rural e constituem uma área importante da arquitectura doméstica, com modelos-tipos bem definidos e uma evolução própria, desde a simples torre medieval até às quintas oitocentistas. A casa deixaria posteriormente de ser o único elemento arquitectónico e urbanístico das quintas nobres. Embora se mantenha o elemento espacial, funcional e volumétrico mais importante, o edifício passa a estar rodeado de jardins bem cuidados, projectados à maneira renascentista ou em forma de labirintos maneiristas, onde surgem pavilhões e casas de fresco. No século XVIII, registou-se o período de maior originalidade do solar português, então verdadeiramente tipificado. Com o domínio espanhol, a nobreza afastara-se para a província, ruralizara-se e construíra novas residências.

Bibliografia

Dicionário Enciclopédico das Freguesias 1º Volume (Braga-Porto-Viana do Castelo) –MinhaTerra (Estudos Regionais de Produção e Consumo, Lda)