Minho/Galiza: Eurorregião deve prosseguir e reforçar a aposta no turismo, mar, ambiente e biotecnologia (Via Ant. Minho)



A Galiza e o Norte de Portugal devem prosseguir e reforçar a aposta conjunta em setores como o turismo, mar, agro-alimentar, preservação ambiental e biotecnologia, defenderam os participantes nos primeiros “Open Days” da eurorregião, que terminaram hoje no Porto.

“As duas regiões possuem capacidades mobilizadoras excecionais, complementares ao poder central, com significativo potencial de desenvolvimento”, afirmou a diretora do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza-Norte de Portugal (GNP-AECT), Elvira Vieira, na apresentação das conclusões dos primeiros “Open Days”, que decorreram entre quarta-feira e hoje em Vigo, Braga e Porto.

Elvira Vieira destacou as “condições e recursos excecionais da eurorregião para o setor do turismo, em que a união de esforços tem sido notável, como o comprova a imagem de marca eurorregional ‘Dois países, um destino’”.

A diretora do GNP-AECT considerou o mar um dos setores que “podem vir a ter um forte impacto económico, cultural e social” na eurorregião, sendo “representativos dessa visão” projetos como o Campus do Mar, Raia, Iberomare ou Oceano21.

Elvira Vieira realçou também o projeto BioEmprende, que promove o desenvolvimento transfronteiriço de empresas biotecnológicas, e os projetos Transnatura, Gerês-Xurés e ER-Inova, na área da preservação e proteção ambiental.

“O GNP-AECT constitui-se como um novo instrumento capaz de agregar e retirar sinergias dessas capacidades inatas, funcionando como um agente dinamizador e de interligação para um crescimento coeso e integrado do espaço territorial eurorregional”, sublinhou.

Das intervenções no evento, destacou o apelo do presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, para que, após mais de 20 anos de cooperação, a eurorregião se assuma como “lóbi junto das autoridades comunitárias, com vista a reforçar a frutífera aliança que une as duas regiões”.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), Carlos Lage, reafirmou que a suspensão de alguns projetos transfronteiriços, como o da rede ferroviária, não deve nunca ser vista como definitiva, mas apenas consequência da atual crise económica.

A sessão de encerramento contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, que destacou a importância que o Governo português dá à cooperação transfronteiriça.

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