Sede Washington - Estados Unidos América
São 520 milhões de euros para o Fundo Monetário Internacional e 1.060 milhões para os países europeus. É esta a verba que eles vão arrecadar com o resgate financeiro de Portugal.
Uma factura que pode ser ainda maior dada a subida dos juros decretada este mês pelo Banco Central Europeu. É que com o agravamento da taxa de juro de referência, FMI e a União Europeia poderão ter de suportar mais custos na hora de irem ao mercado buscar dinheiro para a economia nacional.
O resgate português anda à volta dos 80 mil milhões de euros, dos quais 20.800 serão emprestados pelo FMI. Portugal também se ajuda a si próprio, tal como aconteceu na Irlanda, com 16.800 milhões.
Só que a «ajuda» tem contrapartidas: juros de 3.470 milhões de euros, decorrentes de uma taxa de juro final de 5,5%, segundo o «Diário de Notícias». O jornal faz notar que esse valor é inferior ao que foi cobrado à Irlanda.
Ora o lucro do FMI e da UE no auxílio que prestam a Portugal resulta da diferença entre a aplicação dessa taxa de juro e o custo de financiamento com o resgate (na ordem dos 3%). Mas as duas percentagens podem estar subavaliadas, dizem fontes de Bruxelas, que alertam para a escalada das Euribor.
Enquanto isso, Portugal vai ser submetido a uma terapia de choque: o FMI aterra já esta terça-feira no país e traz na bagagem exigências; e Bruxelas avisou logo na semana passada que, embora o PEC 4 seja o ponto de partida para as negociações, é apenas o começo.
Mesmo que venha a ser a oposição a governar, no caso de ganhar as eleições de Junho, terão de ser cumpridas as promessas de austeridade.
0 comentários:
Enviar um comentário