O exemplo dos milhares que aderiram à manifestação nacional da Geração à Rasca repercutiu-se em Espanha, onde os gritos de revolta vão ecoar nas mais de 2 mil vozes confirmadas no protesto da Juventude sem Futuro, em Madrid.
A manifestação Juventude sem Futuro, marcada para 7 de Abril, adoptou os mesmos moldes da sua congénere portuguesa: o Facebook, Twitter e a sua página oficial de Internet são os instrumentos utilizados para apelar à união no protesto.
E porque protestam os nosso vizinhos espanhóis? As razões são claras na sua página de Facebook. «Queremos recuperar a nossa capacidade de ser actores num motor de mudança», esclarecem, tal como esclareciam os princípios defendidos pela Geração à Rasca portuguesa.
«Nós, a Juventude sem Futuro, dirigimo-nos à opinião pública para mostrar o nosso desacordo com a política de cortes sociais do Governo e com a principal consequência que daí advém: a juventude mais qualificada da nossa história viverá pior que os seus pais», pode ler-se na página do evento na rede social.
Os ditames que suportam o protesto são em tudo similares à manifestação de 13 de Março que povoou as ruas de Lisboa com cerca de 300 mil pessoas.
Expressões como «o direito a um trabalho digno» ou o «direito ao futuro» relembram os cartazes e gritos portugueses, mas os apelos não têm tido - pelo menos que seja visível nas suas páginas do Facebook -, números de adesão significativos.
Apenas 1260 pessoas confirmaram a sua presença na página oficial do evento no Facebook, e outras 2000 são fãs da organização na rede social. No site oficial do movimento são contabilizados os nomes de 2159 pessoas.
O protesto marcado para as 18 horas portuguesas na Praça Antón Martín poderá, contudo, reunir um número mais significativo de participantes se tivermos em conta o que sucedeu em Lisboa a 13 de Março.
O caminho que ligava a Avenida da Liberdade à Praça D. Pedro IV foi percorrido por cerca de 300 mil pessoas, número muito superior às cerca de 56 mil que tinha confirmado a sua presença pelo Facebook.
Assim, a manifestação da Juventude sem Futuro espera preencher o caminho com alguns milhares de pessoas entre a Praça Antón Martín e a Praça Rainha Sofia, em Madrid.
O protesto conseguiu o apoio de algumas personalidades espanholas, entre eles vários professores universitários, poetas, deputados e actores.
Em Itália, os jovens do movimento O Nosso Tempo é Agora também marcaram uma manifestação para 9 de Abril que já conta com mais de 6500 presenças confirmadas no Facebook.
Se em Portugal a Geração à Rasca parece ainda não ter produzido efeitos práticos, a sua repercussão externa incitou outros jovens europeus a seguir-lhe as pisadas. Os gritos de protesto serão agora entoados em Espanha e Itália.
Vídeo de apresentação do movimento
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