Perseguições e interceptações, com denúncias às autoridades policiais, é o clima que se vive entre os motoristas de táxi da cidade e da periferia (alguns deles vindos de concelhos vizinhos como Póvoa de Lanhoso, Vila Verde e Guimarães).
O objectivo, diz João Moura, gerente da Central Táxis Andique, é impedir que os táxis vindos de fora “apanhem o serviço todo”.
Diz João Moura que “a cada táxi é atribuído uma praça (zona de paragem) e só podem fazer serviço a partir de lá. Um táxi de Vila Verde, por exemplo pode vir fazer um serviço a Braga, mas não pode recolher passageiros em Braga e é isso que eles estão a fazer”.
O responsável da Central Táxis diz que o serviço ilegal está a ser feito por viaturas que ostentam o endereço electrónico www.bragataxi.pt pelo que “sempre que vemos um carro desses corremos com ele. Vamos atrás dele até às zonas limites e tentamos fazer com que ele pare. Depois, chamamos a polícia para o identificar, e o nosso advogado remete o caso para tribunal.”
João Moura garante que “vamos fazer esta luta até os pôr daqui para fora. Também queremos que a câmara actue, em termos de fiscalização dos carros, através, por exemplo, da Polícia Municipal, ou delegando poderes sobre isso na Polícia.”
A situação, diz João Moura, afecta os 70 táxis existentes na cidade de Braga.
“Um táxi precisa de fazer 45 euros, para fazer face às despesas diárias. Há dias em que chegamos a casa só com 20 euros. Passamos muito tempo nas praças sem clientes.”
O 'Correio do Minho' tentou contactar os responsáveis do ‘site’ www.bragataxis.pt, mas não obteve qualquer resposta.
Apelo aos clientes dos táxis
A Central Táxis Andique apela, também, aos clientes, que colaborem na denúncia de actos ilegais, cometidos por taxistas.
Num comunicado dirigido aos passageiros, a empresa de táxis revela que “a Andique é a única central de táxis legal em Braga” e que “são vários os passageiros que se têm vindo a queixar pelo facto de estarem a ser “roubados” nos tarifários que habitualmente pagam.
Tal situação deve-se ao facto de neste município estarem a exercer actividade de motoristas de táxi, pessoas que constantemente violam a lei, sendo na esmagadora maioria táxis das aldeias ou da periferia da cidade de Braga, que sorrateiramente invadem o centro da cidade, cobrando aos clientes preços manifestamente exorbitantes.”
Um percurso na cidade fica, em média, por quatro euros, “enquanto que um táxi das aldeias ou da periferia, pelo mesmo trajecto cobra 7 euros.”
Os profissionais de táxi ligados à Andique solicitam, por isso, aos clientes, que denunciem estas ilegalidades junto da PSP, GNR, ou da Polícia Municipal.
Fonte Correio do Minho por Miguel Viana
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