Oleiros: Cavaco Silva: Oleiros é “um bom sinal”



O Presidente da República inaugurou ontem o Centro de Negócios de Oleiros, em Vila Verde, com 'uma satisfação particular porque ele representa um bom sinal e um bom exemplo para o nosso país que precisa de bons sinais e de bons exemplos'.
Trata-se de um pólo empresarial que concentra dez empresas do grupo Diviminho, nascido em 1997, um investimento na ordem dos sete milhões e meio de euros, com serviços comuns que permite fomentar sinergias e novos negócios.
Cavaco Silva — que pediu desculpa por não poder estar mais tempo em Oleiros — espera que este exemplo estimule outros 'a agir, a fazer bem, com qualidade para penetrar nos mercados internacionais, sabendo que o nosso futuro, como país, depende decisivamente do aumento da capacidade competitiva da nossa economia para substituir importações ou aumentar exportações'. É um “bom sinal” porque 'o suplemento que nos falta para a recuperação económica e voltarmos a encontrar a trajectória de desenvolvimento virá das regiões, da capacidade produtiva de cada um dos concelhos, também dos pequenos, do interior e sinto um conforto muito particular ao verificar que aqui em Vila Verde se afirma uma zona industrial e um centro de negócios, de um grupo de gente jovem, dinâmica que ousa apostar no mercado interno e no mercado externo'. É um grupo com 13 anos que conseguiu uma dimensão apreciável, emprega directa e indirectamente cerca de mil pessoas e vai criar mais 133 portos de trabalho.
Nos tempos que “vivemos, bem precisamos de energia criadora de novos empregos, abrindo possibilidades aos mais jovens entrar no mercado de trabalho e abrir uma nova oportunidade aos que perderem o seu emprego' — destacou o presidente a quem foi oferecida uma lembrança em cerâmica.
Vão instalar-se dez empresas de um grupo com 23 empresas e tem um vontade de 'crescer e de vencer neste tempo que não é fácil' — concluiu Cavaco Silva.

António Sá: à conquista do mercado externo

António Sá, administrador do grupo Diviminho, destacou a dinamização do emprego num concelho com 240 postos de trabalhos que quer criar mais duas centenas de postos de trabalho directos e indirectos a curto prazo.
Para António Sá, este projecto está apenas nos alicerces a partir de uma empresa de tectos falsos e pavimentos, mas este ano deve facturar 60 milhões de euros e tem uma previsão de cem milhões de euros em 2011. Ao nível das exportações para França, Angola e Magreb, o grupo exporta já 30% e espera atingir uma equiparidade de 50% para cada mercado (interno e externo).
“Estamos a consolidar no nosso território e a crescer no exterior”, garantiu António Sá, antes de se emocionar.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, acompanhado de autarcas e autoridades locais, começou por agradecer a todos os empresários de Vila Verde, na pessoa de António Sá porque “ele sabe o que é lutar pela vida e levantar uma empresa sólida como esta”.
Com o parque de Gême quase todo ocupado, este novo centro significa que o “concelho mexe e exige uma nova acessibilidade, a partir da Variante Braga-Prado, com variante à vila de Prado” à qual António Vilela promete dar a atenção prioritária.
'São empresários com visão e sabem que é preciso em Vila Verde para que o país enfrente esta situação de crise' — acrescentou António Vilela, justificando a presença de Cavaco Silva neste centro de negócios de uma empresa de sucesso.
Vila Verde está hoje 'mais rico porque entraram em funcionamento novos centros escolares e tem um centro de negócios que é um exemplo para todos, vai gerar emprego e garantir receitas para o país', lembrou António Vilela que destacou algumas medidas de apoio a empresas e famílias para 'captação de investimento'.

Diviminho em corpo inteiro

O Grupo Diviminho foi fundado em Abril de 1997 por dois jovens empresários — António Sá e Mário Barbosa — e divide a sua actividade pela construção civil (revestimentos), área industrial, tratamento de resíduos, comércio, promoção imobiliária e geriatria.
Entre os projectos em que participou, o destaque vai para Hospital de Braga, Hotel Meliã Braga, Estádio do Dragão, Nova Igreja de Fátima, Estações do Metro Porto, Campo Pequeno Lisboa, Aqua Resort Tunísia, Aeroporto de Luanda, Teatro e Auditório Poitiers e Hospital Sud Francilien França.
A internacionalização traduz-se em delegações em França, Angola e Tunísia.
O volume de vendas cresceu de 37 milhões de euros em 2009 para 66 milhões este ano e o número de trabalhadores passou de 72 em 2007 para 360 este ano.
O Centro de Negócios de Oleiros concentra dez empresas: Engimov, Facemaq, JC Fusion, Dopanel, Conformetal, Comforum-Profiles, Conformetal 2. R3 Natura, R4-Inov e FERC. Fonte Notícia/Imagem Correio do Minho por Costa Guimarães

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