Vila Verde: EPATV pretende “Adequar formação à procura”



O grande desafio para a educação, hoje em dia, passa pela adequação da oferta educativa e formativa às necessidades reais das empresas e instituições. Esta foi a principal preocupação ontem destacada durante o debate que foi promovido pela Comunidade Intermunicipal do Cávado, na Escola Profissional Amar Terra Verde, em Vila Verde, sobre a questão da ‘Empregabilidade’ .

Actualmente “há pouco ajustamento entre a oferta e a procura e não temos em linha de conta as necessidades reais do mundo do trabalho enquanto uma oportunidade para a empregabilidade”, indicou Paulo Gomes, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).

Para este responsável “há que tomar medidas com carácter de urgência para conjugar o potencial de empregabilidade (habilitações e competências profissionais) com o ensino/formação, desenvolvendo esforços no sentido de mitigar o efeito devastador que poderia ter uma escalada do desemprego em Portugal”.

Paulo Gomes defendeu também que temos que “migrar para um sistema de formação adaptado àquilo que é o cerne da nossa actividade com a comercialização de bens internacionalmente transaccionáveis”.
Essa mesma necessidade imperiosa de uma relação entre “a procura e a oferta” foi, também, sublinhada por Ema Gonçalves sub-directora da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), de forma “a dar mais garantias de emprego, depois da expansão nos últimos dois/três anos do ens ino profissional na escola pública”.

José Barbosa, representante da CIM do Cávado, defendeu, por sua vez, que importa manter em correlação a acção dos municípios, empresários, em conjunto com a formação e qualificação escolar.

Oliveira Duarte, responsável pela Agenda Regional para a Enpregabilidade da CCDR-Norte, chamou a atenção para a importância do papel das empresas “que devem saber melhor quais são as suas necessidades em termos de recursos humanos, ajudando também no ajuste que é necessário entre a oferta formativa e a procura”. Um projecto que deve ser comum entre a DREN e o IEFP.

Há que relançar ofícios

As associações empresariais da região também participaram das suas ideias durante o debate sobre ‘Empregabilidade - Que Desafios para a Educação e Formação?’. Abílio Vilaça foi um dos intervenientes, representando a Associação Comercial de Braga, que apontou para a necessidade de relançar o Programa de Promoção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais, que neste momento “está muito limitado”.

A propósito dos ofícios tradicionais, o responsável fez saber da necessidade de confeccionar meio milhão de peças de bordados de Guimarães, no âmbito de um projecto da Capital Europeia da Cultura.
“São precisos entre 400 a 500 bordadeiras para esta iniciativa”, apontando para a lacuna que existe em termos de formação dirigida ao sector corporativo - uma vez que não foram considerados no POPH. Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira

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