Lage: Francisca Mota celebra 100 anos



Aos 100 anos, Francisca Mota, uma das utentes do Centro Social da Paróquia de Lage, Vila Verde, ainda tem os olhos grandes e curiosos que sempre a caracterizaram na mocidade. Os amigos do centro e o irmão Manuel Mota, de 90 anos, fizeram questão de lhe encomendar um bolo e cantar-lhe os parabéns a você.

Não toma qualquer medicação e não sofre de nenhuma doença crónica. Quando nova, sempre teve trabalho duro no campo, apesar de nunca ter casado, nem ter tido filhos.
O irmão, que vai completar os 91 anos em Maio próximo, mostrou o seu contentamento pela longevidade da irmã. “Estou muito satisfeito por ela celebrar os 100 anos”, comentou, acrescentando” “eu certamente não chegarei lá, que tive uma vida mais fraca do que ela e criei 12 filhos”.

Mas estas são apenas divagações, dado que também uma outra irmã que faleceu recentemente viveu até aos 102 anos.
O irmão Manuel Mota falou da irmã ‘Chiquinha’ - tal como é conhecida na terra - dizendo que “sempre foi boa pessoa” e atribuindo, quiçá, a sua longevidade ao facto de se ter mantido “solteirinha”. “Também sempre foi uma mulher de poucas falas, nunca teve namoros, e trabalhou muito no duro trabalho do campo”.

A boa disposição da centenária foi, também, sublinhada por Sara Aguiar, a directora do Centro Social de Lage.
“Não requer muitos cuidados de saúde, apenas aquelas limitações próprias da idade. É bem disposta, e umas vezes gosta de falar mais, outras não gosta de ser incomodada”, explicou à imprensa a responsável.

O pároco da freguesia, Constantino Sousa, indica que as recordações que tem de Francisca são de uma “grande trabalhadora no campo”, referindo que “o que eu mais admiro mesmo é a longevidade a que chegam as pessoas desta família”, destacou.

Actualmente, o Centro Social da Paróquia de Lage tem 13 idosos como utentes, mas muito em breve haverá espaço para mais 16 lugares.
A instituição está a ser alargada, aumentando a sua capacidade para acolher pessoas da terceira idade, de acordo com um projecto candidatado ao programa PARES. Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira

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