Vila de Prado: ‘Sabores do Cávado’ qualifica mulheres no mercado



Longe vai o tempo em que Isaura Pinto, de 35 anos, de Escariz São Martinho, Vila Verde, procurava de novo emprego, depois do desemprego lhe ter batido à porta, entregando-lhe um mundo cheio de incertezas. Está a terminar a sua formação na empresa de inserção social ‘Sabores do Cávado’, da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa instalada em Prado, Vila Verde, o que lhe abriu uma nova porta de emprego num lar de idosos.

“Trabalhava num espaço de Actividades de Tempos Livres (ATL) e gostava muito. Ajudava a dar as refeições às crianças e também na cozinha, por isso, quando vim para aqui já tinha também uma noção do trabalho”, confidenciou à equipa de reportagem do jornal ‘Correio do Minho’.

O ATL onde trabalhava acabou por encerrar, depois da reestruturação operada ao nível dos prolongamentos de horários no ensino. “Quando vim para aqui andava à procura de trabalho e não sabia o que fazer. Acabaram por me contratar aqui e completarei a minha formação ao longo de dois anos e meio no próximo mês de Junho”, indicou, sorridente, com as perspectivas de trabalho num lar de idosos que vai abrir, em breve, na freguesia onde reside.

“Quem vem para aqui tem que ter muita responsabilidade e tem, acima de tudo, que ser uma pessoa muito dinâmica”, referiu. “O mais importante é que se aprende a lidar com muita gente e sei que esta foi uma boa aposta para a minha empregabilidade”.

Com expectativas de ingressar num novo posto de trabalho está, também, Rosa Maria Peixoto, que aos 48 anos, foi ‘obrigada’ a encontrar um novo rumo profissional, depois de ter trabalhado na têxtil ‘Maconde’ durante 24 anos.
“Quando fiquei desempregada decidi que não ia cruzar os braços e pedi trabalho na Junta de Freguesia de Prado para ir servir refeições numa escola. Foi através da junta que vim também fazer esta formação na ‘Sabores do Cávado’ aqui no centro comunitário”, recordou.

“Esta foi, sem dúvida, uma boa experiência, sobretudo, porque não estava parada. Com a minha idade já não há muito que procurar, por isso, agarrei a oportunidade”.
Talvez porque soube agarrar a oportunidade no momento certo, Rosa está agora também na iminência de assinar um contrato de trabalho com um hipermercado, onde irá laborar, em princípio, na secção dos frescos.

Refeições

A ‘Sabores do Cávado’ é responsável, actualmente, pela confecção e distribuição de 1350 refeições para 25 estabelecimentos de ensino e jardins de infância do concelho.
Mas Cristina Ferreira, a coordenadora da empresa de inserção da CVP bracarense, pretende subir a fasquia para as 1700 refeições - o máximo para “garantir a qualidade alimentar”.

Também ela traça um “balanço extremamente positivo” da empresa, salientando vários casos em que as formandas saíram da formação para um posto de trabalho.
“É muito gratificante ver que as pessoas saem daqui, já com uma qualificação, e encontram trabalho na área”, destacou, apontando que do ponto de vista social é uma batalha ganha. Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira


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