Minho: Batido recorde na recolha de lixo



As 14 mil toneladas de lixo recolhido pela Braval permitem à empresa que procede à recolha em seis concelhos consolidar o trajecto ascendente. Mas o propósito do Estado em privatizar a recolha dos lixos industriais não perigosos pode inviabilizar o ecoparque.

A reciclagem de lixos não perigosos aumentou 12,5% na área de intervenção da Braval, ou seja, nos concelhos de Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde. A recolha selectiva iniciou-se em 2000, com mil toneladas recolhidas. Em 2009 foram atingidas 14 mil toneladas.

"Para este resultado, muito contribuiu o aumento do número de ecopontos existentes na área Braval que, ao longo dos últimos anos, fez um grande esforço financeiro que tem vindo a dar frutos e que será para continuar", refere o administrador Pedro Machado, que destaca, ainda, a sensibilização ambiental como factor determinante para estes resultados. Lembre-se que, durante 2009, a Braval recebeu mais de seis mil visitas e procedeu a acções de sensibilização junto da população.

"A Braval felicita a população por estes resultados que muito nos orgulham, mas que são possíveis apenas pela sensibilização, pela consciência ambiental daqueles que separam os seus resíduos, colocando-os nos ecopontos", reconhece o administrador.

Apesar dos bons resultados, Pedro Machado está apreensivo com o futuro de alguns projectos, como o ecoparque. "Preocupa-me bastante e estar a colocar em causa toda a estratégia da Braval, que é a estratégia nacional de resíduos, pois pareceu-me ser intenção desta tutela privatizar os resíduos industriais não perigosos. Fizemos uma candidatura de 15 milhões de euros para valorizar resíduos orgânicos e nesses incluem-se os lixos industriais não perigosos. Seremos todos penalizados, porque as tarifas serão mais elevadas. Na Braval é, actualmente, de 33 euros", lembrou Pedro Machado. Fonte JN por PEDRO VILA-CHÃ

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