Vila Verde: José Manuel Fernandes: “Governo é desastre a gerir fundos”



Metade dos vinte representantes das Escolas Profissionais (EP) do Minho compareceram à reunião que juntou, ontem, vários directores na sede da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV), em Vila Verde. O encontro teve como intuito discutir temas de interesse e pedir apoio ao eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, no que toca aos fundos e aos programas europeus a que as escolas se podem candidatar.

No final da reunião, o eurodeputado disse aos jornalistas que “há um regulamento que está em vigor e que tem uma alínea que implica que o Estado assuma a definição de custos unitários para ajudar a simplicação do Fundo Social Europeu, nomeadamente para as Escolas Profissionais”.
De acordo com José Manuel Fernandes, a Europa tem o trabalho feito, mas “o Governo ainda não definiu os custos unitários para o regime Forfetário, o que impede uma utilização simplificada do Fundo Social Europeu”.

Esta situação “só prova que o Governo é um desastre a gerir os fundos comunitários e que não utiliza as possibilidades que a Europa dá, quer em termos de fundos quer em termos de simplificação de procedimentos”, criticou o eurodeputado, lembrando que “era importantíssimo a simplificação, a desburocratização e a descentralização para que os fundos comunitários não se percam”.

Afirmando que o ensino profissional “é extrema mente importante para combater o desemprego”, José Manuel Fernandes disse que as escolas profissionais deviam ter acesso a programas nacionais para investimento, designadamente para a ampliação dos espaços físicos.
“Portugal devia seguir o exemplo da França que num programa de investimento de 35 mil milhões de euros destinou quase metade para investigação profissional, educação e para formação”, apontou o eurodeputado que elogiou as taxas de empregabilidade das escolas profissionais.

O director-geral da Escola Profissional Amar Terra Verde confessou aos jornalistas que a sua “principal preocupação é ver tanto dinheiro e nós termos tão pouco”.
De acordo com João Luís Nogueira, “fala-se em tantos milhões e em tantos programas mas aquilo que nos chega é quase nada”. E lembrou: “gastámos um milhão de euros no ano passado para adaptar as instalações do pólo de Vila Verde da EPATV”, mas foi a escola e a câmara que assegurou essa adaptação.

“Nós precisamos de ferramentas para cursos mais tecnológicos” e por isso perguntamos ao eurodeputado “como é que a Europa disponibiliza tanto dinheiro e chega tão pouco às nossas escolas para desenvolvermos o nosso plano tecnológico”, salientou, referindo que a EPATV “quer chegar aos programas europeus que não são devidamente divulgados em Portugal”. Fonte Correio do Minho por Vera Batista Martins

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