Pires
A Confraria Gastronómica do Abade quer criar o Museu Regional de Abade de Priscos, um espaço em memória ao seu patrono. Um sonho que nasceu precisamente há um ano, aquando a primeira entronização, mas que a confraria quer tornar uma realidade a médio prazo.
Para já a dúvida é saber em que concelho é que este museu poderá ser instalado. Em cima da mesa há duas hipóteses: Braga — freguesia de Priscos, onde o abade viveu — ou em Vila Verde, onde o patrono da confraria nasceu e morreu.
“Neste momento já temos o levantamento feito de terrenos. Esperamos é por apoios das respectivas câmaras” refere Miguel Louro, membro da direcção da confraria.
Sobre o assunto, Agostinho Peixoto, presidente da direcção, afirma que há interesse por parte das duas autarquias em assumir, ou pelo menos, apoiar a criação deste espaço que tem como base a vida do Abade de Priscos.
Neste museu, a Confraria Gastronómica do Abade tem como objectivo congregar o espólio gastronómico que poderá ser da região minhota ou, mais abrangente, da região norte.
A confraria pretende que este espaço seja dinâmico, “onde as pessoas também possam cheirar. Ou seja, dar oportunidade às pessoas de entrar numa casa onde podem ter um cheiro e um sabor”.
De acordo com o presidente da direcção e juiz da confraria, este museu terá permanentemente provas gastronómicas. “Uma das ideias é que, agregado ao museu, se possa fazer uma pequena unidade de restauração, se calhar não aberta todos os dias, mas disponível a quem queira apresentar propostas gastronómicas, ou seja, cozinheiros e cozinheiras anónimos que ali têm o palco ideal para desenvolver e mostrar aquilo que sabem fazer”, diz Agostinho Peixoto.
Outro dos objectivos dos responsáveis da Confraria Gastronómica do Abade é chamar as crianças a este espaço e fazer com que aí se sintam à-vontade “para irem cheirando e provando os nossos sabores tradicionais”.
Segundo capítulo e entronização decorrem no dia 29
O segundo capítulo e entronização da Confraria Gastronómica do Abade decorre no próximo dia 29, com um programa recheado de actividades. Uma primeira parte compreende a cerimónia religiosa, que decorre na igreja paroquial de Prsicos, em memória de Manuel Joaquim Machado Rebelo - Abade de Priscos.
Terminado o evento religioso, realiza-se um desfile com todas as confrarias presentes e convidados e com destino à sede da Junta de Freguesia de Priscos onde decorrerá a cerimónia de entronização de 10 futuros confrades. Esta cerimónia conta com a presença do governador civil de Braga e do pre-sidente da autarquia bracarense.
De seguida, os confrades e seus convidados rumam em direcção a Vila Verde, terra que viu nascer o Abade de Priscos, onde serão recebidos, no salão nobre da câmara municipal, pelo presidente da autarquia local. É neste espaço que serão homenageadas duas personalidades directamente relacionadas com a investigação e promoção da gastronomia minhota e nacional: Francisco Sampaio e Maria de Lurdes Modesto. Segue-se uma visita à sepultura do Abade de Priscos para uma homenagem e colocação de uma placa alusiva. O dia termina com um almoço na Quinta da Aldeia, Vila Verde, onde serão servidas algumas receitas tradicionais do Baixo Minho, sem esquecer os vinhos. Fonte Correio do Minho por Paula Almeida
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