Arcozelo: Libertada após confessar que matou a recém-nascida




Rosa Fernandes, a mulher que asfixiou a filha à nascença e enterrou o corpo no quintal, passa os dias fechada em casa, em Arcozelo, Vila Verde, e só sai para tomar café. Só fala com um dos 11 irmãos e com a cunhada.

"Ela diz que tapou a boca da bebé e ela morreu", contou ao CM Elsa Lourenço. A cunhada de Rosa foi a primeira pessoa a estar com a ela, poucas horas depois do parto e da morte da criança, que aconteceu no final de Fevereiro.

"Ela veio trabalhar já sem barriga, mas não tive coragem de lhe perguntar o que tinha feito ao bebé. Até pensei que o tinha deixado no hospital, mas não perguntei", conta Elsa. Depois de ter sido detida, o diálogo entre as duas também foi parco. "Ela nada diz sobre o pai da criança e a família também nunca fez perguntas", continua a cunhada, lembrando que Rosa tem cinco filhos, todos de pais diferentes.

O pai de Raul, o filho mais novo, assumiu a paternidade dos outros quatro, mas Rosa nunca disse à família quem era o pai da criança que matou. O CM tentou falar com Rosa Fernandes, mas apenas conseguiu que viesse à porta do casebre onde vive, no lugar de Fontes. "Ide embora. Não falo com ninguém", disse Rosa, já dentro de portas.

Nos primeiros dias, após ter sido detida, o irmão, que mora perto, levava-lhe as refeições. Agora é a Segurança Social da zona que está a assegurar o acompanhamento.

"Foi preciso acontecer uma coisa destas para verem esta situação. Já lhe tiraram os outros filhos e sabia--se que ela estava outra vez grávida", lamenta o irmão, que também assume não ter tomado qualquer medida. "Não perguntei nem da gravidez nem no dia em que veio trabalhar já sem barriga", confessa.

Os vizinhos estranharam não ver qualquer criança e alertaram a GNR. A PJ deteve-a em casa, onde Rosa confessou ter enterrado a recém-nascida nas traseiras da habitação. Foi libertada pouco tempo depois.

PORMENORES

INFANTICÍDIO

Rosa foi detida e libertada pouco tempo depois. Está indiciada por infanticídio, um crime que não prevê prisão preventiva, já que a pena é inferior a cinco anos de cadeia. A lei prevê uma especial atenuação por o crime ser cometido após o parto.

MISÉRIA

Rosa já tinha cinco filhos, quatro dos quais lhe foram retirados pela Segurança Social. A última criança foi asfixiada à nascença e enterrada no quintal da sua casa. Rosa Fernandes apresenta problemas mentais, o que lhe poderá atenuar a pena, e vive na miséria.

APOIO

Nas últimas semanas, e depois de ter deixado de trabalhar na empresa do irmão, Rosa tem recebido o apoio da Segurança Social. No entanto, garante aquele familiar, todos os dias sai para ir ao café e comprar cigarros. Depois, fecha-se no casebre. Fonte Correio da Manhã por Manuela Teixeira

1 comentários:

Anónimo disse...

mais uma ves parabens as leis portuguesas ,,li este poste {Está indiciada por infanticídio, um crime que não prevê prisão preventiva} agora para variar matanse crianças e passa-se como infanticidio e fica tudo bem ,,,,e va bravo ,,,tenho pena da vida que éla leva mas cinceramente chegar ao ponto de matar o seu proprio filho isto nao é recacional ,,conheço bem a rosa e o resto da familia pelo qual tenho muita amizade com alguns dos irmaos ,,,,mas porra sera que deus nao pode houmenos holhar pela tristeza da vida que as crianças levam neste mundo