Vila Verde: GAV refere que o nosso concelho é dos que mais relata casos de violência




O Gabinete de Apoio à Vítima (GAV) de Braga recebeu no primeiro semestre deste ano 229 pedidos de ajuda. No mesmo período do ano passado foram registados 144 casos. No entanto, estes número também “podem ser influenciados” por outros factores, nomeadamente o de “haver mais conhecimento dos serviços disponíveis” e pela “sensibilização da população para este problema, uma vez que o tema tem merecido algum destaque na comunicação social e no programa do governo nos últimos meses”, justificou o secretário-geral da Associação de Apoio à Vítima (APAV), João Lázaro.

No relatório da APAV, referente aos primeiros seis meses deste ano, pode ler-se que só no mês de Janeiro houve 58 registos e logo de seguida o mês de Março com 51 casos. “Muitos dos casos já são encaminhados pela polícia para apoio psicológico”, informou, por sua vez, fonte do GAV de Braga.
Maioritariamente os pedidos de ajuda são efectuados por mulheres adultas, entre os 30 e os 40 anos, e as crianças acabam por serem “vítimas indirectas”.
No GAV de Braga são atendidos casos de vários concelhos, mas a maior parte das situações chegam de Vila Verde, Póvoa de Lanhoso, Guimarães e Vieira do Minho.

A mesma responsável do gabinete, situado na sede da Junta de Freguesia da Sé, aponta que alguns dos casos estão directamente relacionados com o consumo de álcool e até de drogas. “Mas há cada vez mais casos de pessoas que não bebem nem se drogam e cometem violência sobre outra pessoas”, explicou aquela técnica, adiantando que “já é mais uma questão de personalidade violenta e de antecedentes de violência familiar”. E exemplificou: “trata-se de homens que viram as mães a serem vítimas ou que também eles foram vítimas”.
Entretanto, também já vão aparecendo mais casos de homens vítimas de violência doméstica. “São poucos casos, fazendo a comparação com as mulheres. E os casos que vão aparecendo, os homens enviam e-mail. Isto porque ainda têm vergonha de telefonar e até de aparecer”, confidenciou, também, a mesma fonte do GAV de Braga.
E, só no tribunal de Braga, já entraram nos primeiros sete meses e meio deste ano, 158 queixas no Ministério Público por violência doméstica. Fonte Correio do Minho por Teresa Marques Costa

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