Arcozelo: Crime, cães mortos à paulada



Cadela e cria foram violentamente massacrados com um pau na cabeça. Os animais foram encontrados numa estrada secundária, onde não existem habitações por perto.

Foram os seus “olhos tristes e meigos” que despertaram a atenção de Casimira Carreira, uma fiel amiga dos animais, a quem choca a forma “violenta” como são tratados os cães abandonados.
A história da cadela e filhote, encontrados em Arcozelo, concelho de Vila Verde, podia ter sido escrita de outra forma, mas quis ‘alguém’ mudar o traço do destino, matando os cães à paulada junto ao rio Neiva.

Foi há uma semana que Casimira viu os dois cães a vaguear numa estrada secundária, próximo da ponte do rio Neiva, em Arcozelo, num local onde não existem casas por perto.
No dia seguinte voltou ao mesmo local e deu-lhes comida. Na passada sexta-feira decidiu ir buscá-los para os acolher no seu lar quando se deparou com um cenário de sangue e violência.
Os animais (cadela e filhota) tinham sido mortos. “O pau estava em cima da cria”, contou ao ‘Correio do Minho’ Casimira Carreira, revoltada com a situação.

Perante aquele cenário, a bracarense não hesitou em contactar a Guarda Nacional Republicana e a Associação Bracarense Amigos dos Animais (ABRA), que disponibilizou, de imediato, uma voluntária para se deslocar ao local.
Quero denunciar a violência sobre os animais indefesos e desprotegidos e quero mostrar a prepotência do ser humano perante os animais indefesos, cheios de medo, que não fazem mal a ninguém”, disse.
A GNR de Prado deslocou-se ao local, com uma patrulha para tomar conta da ocorrência e o presidente da junta de freguesia de Arcozelo “prontificou-se a enterrar os animais no dia seguinte”, explicou a voluntária da ABRA.

Situações de violência, maus tratos e abandono chegam todos os dias às mãos dos voluntários da Associação Bracarense Amigos dos Animais (ABRA).
“Estas situações são frequentes, mas nem toda a gente as denuncia”, lembrou uma voluntária da ABRA, elogiando a atitude da bracarense Casimira Carreira, ao denunciar publicamente o caso de Arcozelo. “É de louvar a atitude da senhora, que não arredou pé dali até que as autoridades responsáveis chegassem”, explicou. A voluntária conta, ainda, que na época de Verão, quando as famílias vão de férias, “o abandono dos animais é maior e a procura menor”.
A ABRA tem como objectivo ajudar o canil municipal, arranjando o maior número de adopções para os animais abandonados ou dados pelos donos para abate, minimizando o seu sofrimento. Fonte Correio do Minho por Vera Batista Martins

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