Lisboa: Alunos de Vila Verde assistiram à "maior aula do mundo"



Cerca de 80 países assistiram ontem à ‘maior aula do mundo’, o objectivo foi apelar a uma educação para todos. Em Portugal, 100 estabelecimentos escolares aderiram à iniciativa com o lema «Mais Educação, menos Exclusão»

«Muito do que os Governos prometeram, não está a ser cumprido», disse Margarida Alvim da Fundação Gonçalo da Silveira, que está a coordenar a nível nacional a campanha global pela educação. Portugal foi um dos 190 países que se comprometeu a incluir na agenda político o segundo objectivo do milénio, definido pela ONU em 2000- educação básica universal.

Nesse sentido, as organizações não governamentais pedem ao Governo português que «cumpra os objectivos que assumiu», disse Margarida Alvim ao SOL. Apelam para que «aumente a ajuda externa destinada à educação primária e que passe a contribuir financeiramente para a ‘Educação para Todos – Iniciativa Acelerada’», de acordo com o comunicado de imprensa da campanha.

Para a maior aula do mundo, foram convidados o primeiro-ministro, o ministro das finanças e o presidente da Assembleia da República, entre outras personalidades políticas. Mas até agora ainda não houve qualquer resposta, segundo Margarida Alvim.

Quem aceitou o convite foi a deputada Maria de Belém e a vice-presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), Inês Rosa, que amanhã vão ao colégio de Nossa Senhora da Conceição da Casa Pia de Lisboa, onde também estarão alunos de Vila Verde, em representação das escolas do Norte.

«O que é a educação? O que é a exclusão? O que falta construir em conjunto com os políticos?», são algumas das questões que figuram num puzzle que os alunos irão construir com os políticos.

Entre os países em vias de desenvolvimento, 88% das crianças já iam à escola em 2005, mas considerando só a África subsariana o valor não passa dos 70%, segundo o relatório da ONU de 2007, sobre o Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que ainda mostra serem as raparigas que menos vão à escola (20%). E se entre classe alta apenas 12% não vão à escola, entre as classes mais baixas o valor sobe para 37%. Fonte Jornal SOL

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