Braga: Hospital São Marcos sem TAC à semanas...



No passado dia 25 de Fevereiro, Maria Pereira Silva, de 70 anos, teve de recorrer à urgência do Hospital de S. Marcos, após uma queda em que embateu com a cabeça. Ali chegada, próximo das 19 horas, viu-se envolvida num "rodopio" que só acabaria muito próximo das 3,30 horas do dia 26. Tudo porque o hospital distrital está sem TAC (Tomografia Axial Computorizada), método complementar de diagnóstico por imagem. Tal situação deverá estar reparada até ao final da presente semana, garante o presidente do conselho de administração da unidade hospitalar, Lino Mesquita Machado.

Seja como for, ninguém tira a revolta a João Gonçalves, filho da utente. Após assistida, a septuagenária viu o neurologista e o ortopedista requererem a realização de TAC, para despistar eventuais lesões. "Após uma hora à espera, perguntei ao enfermeiro se faziam os exames. Respondeu--me que sim, mas fora do hospital, porque a máquina do serviço estava avariada. Levaram a minha mãe para uma empresa junto à central de camionagem. Como haviam passado duas horas, decidi ir lá. Os bombeiros disseram--me que a clínica estava fechada e que houve necessidade de chamar os técnicos, mas que os que vieram não conseguiam imprimir o relatório", relata João Gonçalves. "Apenas saí do hospital às 3,30 horas. A minha mãe não tinha qualquer lesão, mas se tivesse morria entre tanta demora", diz.

Lino Mesquita Machado alega que houve a necessidade de substituir o "tubo de raios catódicos. Uma ampola. Essa substituição faz-se entre os dias 25 e 26, mas o técnico detectou mais um conjunto de dificuldades para certos exames, como os que dizem respeito a lesões abdominais".

O administrador do S. Marcos lembra que este aparelho (avaliado em 500 mil euros) fez milhares de exames, nos quatro anos que leva ao serviço no S. Marcos. Sobre o atendimento a utentes, garante que todos aqueles que apresentam "uma situação clinicamente justificável" são reencaminhados para firmas que têm contrato com o hospital. Já em situações de Via Verde AVC, os doentes são encaminhados para outro local, uma vez que o hospital já alertou o INEM para o impedimento que afecta o aparelho, mas a assistência está acautelada, em outras unidades. Fonte JN por Pedro Vila-Chã


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