Vila Verde: Colheitas recriam as tradições

O Campo da Feira é a “eira” improvisada para a Festa das Colheitas de Vila Verde que, a partir de hoje e até domingo, permite tomar contacto com as tradições e os produtos regionais.
Um dos momentos altos do programa é a animação tradicional protagonizada por três associações locais que vão recriar os trabalhos agrícolas do linho, do milho e do vinho.
As mulheres de Turiz vão chegar, no domingo, com os cestos das uvas à cabeça, como se viessem da vindima.
A tarefa seguinte cabe aos homens, que depois do ritual do lava-pés, pisam as uvas com os pés.
A pisada de uvas vai ser recriada pela Associação Juvenil de Turiz.

Ao mesmo tempo, outros elementos da associação irão representar uma malhada de feijões, enquanto que algumas jovens bordam, tudo entre danças e cantares e vestidos a rigor, descreve Isabel Carvalho, dirigente do Grupo Folclórico de Santa Maria de Turiz.
O linho que vai permitir mostrar o ciclo deste produto vem do campo de Abílio Ferreira, presidente da Associação Cultural e Recreativa de Marrancos.
Desde a semente à planta, seguindo-se a ripagem e a espadelada, todo o ciclo do linho vai ser recriado na Festa das Colheitas, explica Abílio Ferreira, sublinhando a importância dos mais novos verem como os trabalhos agrícolas se faziam antigamente.

Mais de vinte pessoas - todas da Associação e de várias idades - vão mostrar, de forma animada, o ciclo do linho.
A recriação do próximo domingo repete-se, todos os anos, no primeiro sábado de Setembro, em casa de Abílio Ferreira.
A malhada de milho vai ser recriada pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Codeceda. O milho cultivado na freguesia vai ser malhado na "eira" do Campo da Feira, recriando uma actividade que praticamente já foi substituída pelas máquinas.
O presidente da Associação Cultural e Desportiva de Codeceda, Vítor Sousa, lembra que a colectividade participa, há sete anos, na Festa das Colheitas.
A associação já tem levado estas actividades a outros pontos do país e até ao estrangeiro, descreve Vítor Sousa. Fonte Correio do Minho por Teresa Marques Costa