Vila Verde: Aluno andava de pistola no recreio


A EB 2+3 de Vila Verde viveu momentos de pânico por causa de um aluno de 12 anos, que foi apanhado com uma pistola. A arma não tinha munições, mas mesmo assim causou alarme no recinto da escola.

O aluno, que frequenta o 6.º ano, exibia a pistola, de gás, mas adaptada para bala real, calibre de defesa – 6.35 milímetros –, no recreio da escola, assustando não só os colegas mas também os funcionários e os professores. O Conselho Executivo chamou a GNR, que após desarmar o rapaz o entregou à mãe. Segundo fonte policial, a senhora mostrou-se surpreendida com a posse de arma e afirmou que não sabia a sua origem.

A pistola poderá ter sido levada da casa de um avô ou de um vizinho, situação que está a ser investigada pela GNR de Vila Verde.

O aluno, de 12 anos, vive só com a mãe, na freguesia de Dossãos, nos arredores de Vila Verde. Trata-se de uma família com problemas, já que a mãe está desempregada. Entretanto, a GNR deu conhecimento do caso ao Tribunal de Família e de Menores de Braga.

Da parte da EB 2+3 de Vila Verde, para além de denunciar esta situação à GNR, importa agora é saber como é que o aluno teve acesso a uma arma de fogo. “Há a esclarecer as circunstâncias em que o miúdo, com 12 anos, teve acesso à pistola, porque o problema não está no rapaz”, segundo António Amaro, o presidente do Conselho Executivo.

De acordo com o comandante da GNR de Vila Verde, sargento Mota, a situação do rapaz encontra-se já sob o acompanhamento da Comissão de Protecção de Menores. O aluno retomou as aulas a seguir ao encontro com a mãe.

É a primeira vez que ocorre um caso destes na Escola 2+3 de Vila Verde, mas na região do Minho há muitas armas em situação ilegal e há quatro anos a Polícia Judiciária de Braga fez uma grande apreensão de armas em Vila Verde, enquanto a GNR tem intensificado as operações também na zona do Alto Minho.

MAIS O SUSTO DO QUE O PERIGO

O aluno não ameaçou ninguém com a pistola, nem se trata de um rapaz violento, segundo referiu ao CM fonte da escola. Ao que tudo indica, o problema terá a ver com a facilidade que o rapaz teve no acesso à arma e que não tinha qualquer munição. A principal preocupação daquele estabelecimento de ensino é que o aluno não seja estigmatizado. O menor estará a viver uma situação difícil, mas a comunidade escolar, segundo apurámos, apoia o aluno a fim de ultrapassar esta fase menos boa da sua vida. Não houve intenção do rapaz em atingir ninguém, até porque se tratava de arma descarregada. Mas, para a GNR de Vila Verde, “todo o cuidado é pouco”, já que, segundo as regras militares, “não há armas descarregadas”. Fonte Correio da Manhã por Joaquim Gomes

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