Braga: Cartazes Insólitos apelam à "revolução" em 2007



Vários cartazes insólitos, a apelar à justiça popular e a uma revolução com armas, afixados na montra de uma loja desactivada, na Avenida da Liberdade, em Braga, estão a intrigar os bracarenses e já levaram a Polícia a investigar. Por trás das estranhas mensagens pode estar, segundo o JN apurou, a indignação de um só descontente.

A loja fica no número 366, no cruzamento com a Rua 25 de Abril, e ostenta, no vidro principal, diversas palavras de ordem, escritas à mão e com erros de ortografia, contra os políticos e o país. "Políticos, a mama acabou-se" ou "Prepara-te a arma-te" são alguns dos exemplos. A violência das palavras e o apelo à revolta, em data a marcar e em nome de um "Portugal novo", fizeram com que as autoridades quisessem afastar a probabilidade da criação de um qualquer movimento.

Embora não tenham dado conhecimento do resultado das diligências, apesar do pedido, a Junta de Freguesia de S. Lázaro acabou por desvendar parte da explicação, esclarecendo que a loja pertence, actualmente, a dois ex-emigrantes, que se sentem enganados com o negócio da compra da fracção. Um deles terá reagido da pior forma, revoltando-se contra "tudo e todos".
"Já se falou com ele, mas é de trato difícil. Os cartazes chegaram a ser retirado, mas foram escritos outros. Não me parece haver motivos de preocupações, pois trata-se de um acto isolado e não indicia qualquer agregação violenta", explicou a fonte, respondendo, também, ao apelo do Repórter Alfa, do "Diário do Minho", que, na sua última página, se questionava sobre a origem das mensagens "racistas e anti- patrióticas".

A PSP esteve, recentemente, na Junta para tentar saber a morada do autor, mas ninguém soube dar a informação. Na montra da loja, que está agora para venda, está a cópia de um cartão de eleitor. Lá dentro, pode ver-se uma cama de solteiro, velas, fósforos e um relógio despertador, que indiciam que alguém ali pernoita, o que aumenta ainda mais a curiosidade de quem passa. Fonte JN por Denisa Sousa e Pedro Correia

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