Vila Verde: Expectativas superadas fazem balanço muito positivo



O balanço não podia ser melhor. Milhares de pessoas afluíram à Festa das Colheitas de Vila Verde nos seus cinco dias de programação.
Por entre concursos de artesanato, de gastronomia, actividades populares, folclore e concertinas, esta é uma iniciativa que, para o Vereador da Cultura de Vila Verde, Rui Silva “cresce de ano para ano e que atrai cada vez mais pessoas de pontos mais distantes e diferentes do País” Este destacou ainda o facto do espaço “ter aumentado mais do dobro”, em comparação com a edição de 2005, e de haver um registo ainda maior de público.
Por sua vez, o Presidente da Câmara, José Manuel Fernandes diz que esta feira se está a “tornar num caso sério de sucesso e os elogios são cada vez maiores. Até ao nível da gastronomia, Vila Verde mostra que quer preservar as suas raízes e que pretende com elas gerar esta dinâmica social que temos vindo a assistir”.

José Manuel Fernandes diz ainda que “este evento já estava consolidado, mas nós somos ambiciosos e queríamos que tivesse uma participação ainda maior, o que aconteceu por parte dos expositores, em termos de atracção e também das pessoas que nos visitaram”.
Concordando com Rui Silva, o edil de Vila Verde referiu que este é já um evento de interesse nacional, e que “podemos verificar que o primeiro Festival de Gastronomia foi um sucesso. Podemos ainda confirmar que aquilo que pretendíamos em termos de visitas se concretizou, também por parte da Galiza”.

Em relação às próximas edições, o presidente da Cãmara Municipal anunciou um dos principais objectivos. “Já está mais ou menos claro que para o ano temos um objectivo de atingir, um novo record de concentração de um instrumento, desta feita de cavaquinho. Sempre no sentido de promovermos o concelho, a região, e também aquilo que é tradicional, genuino”, salienta. “E sempre com o objectivo de reforçarmos a nossa identidade. Num mundo cada vez mais global, o reforço da nossa identidade é cada vez mais importante. E também mostramos outra coisa. Que o mundo rural e a ruralidade podem ser um factor de desenvolvimento, de atracção. E por isso todos ganhamos. O país ganha, com eventos desta natureza. E a ruralidade é também factor de desenvolvimento económico”.
O presidente da Câmara de Vila Verde mostrou-se satisfeito com a edição de este ano da Festa das Colheitas, dizendo que faz um “balanço extremamente positivo.Corresponde perfeitamente às minhas expectativas, superando-as em algumas áreas, porque, por exemplo, não estávamos à espera de que o Festival de Gastronomia tivesse a adesão que teve. Foi o primeiro e os restaurantes estiveram sempre cheios”, referiu.

Para o próximo ano fica a certeza de que a Câmara vai “obviamente manter o local, melhorando-o e aumentando mais uma vez a oferta e a qualidade”, como explicou José Manuel Fernandes.
No respeite ao Encontro de Tocadores de Concertinas, o autarca, diz que este ano não estiveram menos tocadores de concertinas que no ano passado. “Está muita gente a chegar. E depois, este espaço, em termos do número de pessoas é enganador, porque tem uma área enorme. E tem aqui milhares de pessoas. Mesmo em termos de audiência, vamos ter sensivelmente o mesmo número de pessoas, ainda que no ano passado tivéssemos um objectivo específico que era o record de número de concertinas”.

A Festa das Colheitas é também feita pelos artesãos que escolhem esta feira para expôr os seus trabalhos.
Desta forma, Paulo Vieira, do Atelier de Pintura de Aveiro, diz que já participa nesta feira há 12 anos. Para este artesão o balanço “é bastante positivo”. “No ano passado foi muito bom devido ao Guiness Book, mas este ano está a ser muito bom. E este espaço é muito melhor. É muito mais amplo”.
No que diz respeito às vendas, Paulo Vieira diz que este ano lhe correu bem, aproveitando para salientar a importância deste tipo de eventos. “São muito importantes até porque “o trabalho que eu faço baseia-se em motivos agrícolas, tem um pouco a ver com o estilo de feira”.
Também José Marques Correia, de Braga é artesão e trabalha o cobre e o latão há já 18 anos.
Este artesão diz que Percorre o país inteiro, mas que já participa neste evento há 7 anos.

O balanço de José Correia não é muito positivo. “Este ano está a correr um bocado pior. O local da festa mudou, ali era mais centralizado, mas este espaço é melhor do que ali. Mas se calhar as pessoas ainda não sabe que a feira mudou para aqui”, explicou. No entanto, acrescenta que as pessoas vão passando e comprando. Embora em menor escala.
Também o vencedor de um dos concursos promovidos este ano tem o seu expositor na feira. O ‘senhor. Jorge’ foi o vencedor do primeiro prémio para uma peça de artesanato contemporâneo e mostrou-se bastante satisfeito, até porque foi um dos impulsionadores do concurso, que este ano contou com a sua primeira edição.
Quando questionado sobre a peça vencedora, o artesão diz que já tem cinco anos, mas que nunca tinha havido um concurso para poder participar. “Este ano eles puseram o concurso em marcha e eu participei”. Ganhou, e como este tipo de coisas só se faz com aptidão e paixão o ‘senhor Jorge’ diz que faz este tipo de peças desde criança. "Claro que há um processo evolutivo, mas é quase como uma aptidão que se vem fazendo notar ao longo da minha vida. Eu tenho uma relação muito estreita com a natureza e com as árvores, e o meu trabalho é um reflexo disso”.
Resta acrescentar que no último dia da Festa das Colheitas, quase todos estavam satisfeitos com o seu resulta. Fonte Correio do Minho por Mariana Pinto Ferreira

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