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A oposição socialista de Vila Verde veio a público criticar a decisão da autarquia em criar uma empresa municipal vocacionada para as áreas de desporto, cultura, educação e turismo, com a denominação “Proviver, EM”.
Em comunicado, os vereadores do PS – que optaram pela abstenção na votação da proposta – salientam que não são contra a criação de uma empresa municipal naquele âmbito, mas consideram, todavia, “que os fundamentos invocados na proposta, bem como o estatuto de viabilidade económica, não são suficientemente claros, sólidos e completos”.
O que os eleitos socialistas colocam em causa é, à partida, o estudo de viabilidade económica que suporta a proposta, sustentando que não oferece ”garantias de independência e de imparcialidade, na medida em que foi realizado por uma empresa cujos proprietários têm ligações estreitas ao PSD local, sendo até um dos sócios-gerentes militante e membro da bancada da Assembleia Municipal deste partido”. Acresce, ainda, o facto de que o procedimento adoptado para a adjudicação do trabalho à dita empresa “ter revestido a forma de ajuste directo” acrescentam os vereadores do PS.
A oposição refere que o referido estudo não se debruça sobre todas as áreas que constituem o objecto da empresa, nomeadamente “nada diz a propósito das competências que aquela deverá assumir nos domínios da educação e da cultura”.
Por isso, questionam-se os equipamentos escolares sob a responsabilidade da autarquia deixarão de ser administrados por esta e quem fará a sua manutenção.
Perguntam ainda os socialistas por que é que a Biblioteca Municipal e a Casa da Cultura não são referidas em parte alguma da proposta ou do estudo de viabilidade económica e se são as competências da empresa municipal na área da cultura apenas a organização de eventos festivos.
Por outro lado, os vereadores consideram que a criação da “Proviver, EM” vem revelar “incompetência e inabilidade” da maioria “laranja” em efectuar “uma gestão economicamente racional e responsável dos equipamentos de desporto e de lazer do município, nomeadamente do Complexo de Lazer de Vila Verde e das Piscinas de Prado, que depois do fracasso ocorrido com a cedência destas instalações ao Clube de Natação de Vila Verde, passarão a ser geridas pela empresa municipal”.
Sobre os novos investimentos de lazer previstos para o concelho - mini-campo de golfe e duas piscinas ao ar livre no Complexo de Lazer de Vila Verde – os socialistas temem que o “Proviver, EM” se torne “um sorvedouro dos dinheiros do município” em vez de “ser uma forma para economizar recursos através de uma gestão eficiente e eficaz”. Fonte Diário do Minho
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