Igreja: Socialização da fé é um desafio



Os discursos de Bento XVI sobre a vida e formação sacerdotal foram o ponto de partida para D. Manuel Clemente, que é Bispo Auxiliar de Lisboa e professor na Universidade Católica, falar ontem aos padres dos arciprestados de Braga, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso, Guimarães e Amares, no âmbito da formação permanente do clero proposta pela Arquidiocese. Na sua conferência, com tempo para perguntas e respostas, D. Manuel Clemente falou sobre as assembleias dominicais sem a presença de sacerdotes. Nelas, defendeu o prelado, deve criar-se entre os participantes uma «tensão eucarística», ou seja, o desejo de participar numa celebração presidida por um padre. Uma comunidade que sinta este desejo de ter aos domingos algo mais do que uma celebração da Palavra (sem a Comunhão), que pode ser orientada por um diácono ou um leigo, acabará «por provocar a redescoberta vocacional», isto é, acabará por criar condições para que haja entre eles homens dispostos a avançar para o sacerdócio. O Bispo Auxiliar de Lisboa, que contou algumas das suas experiências pastorais (é Reitor do Seminário dos Olivais), reconheceu que cada vez é mais difícil a socialização da fé, que deve começar na família (igreja doméstica) e continuar na catequese. «A socialização da fé é muito complicada, hoje», disse D. Manuel Clemente, dando como exemplo a vida de casais que, em dez anos, já mudaram de casa três vezes… A sua integração, por causa deste e de outros transtornos, exige aos sacerdotes «um trabalho muito grande e requer grande disponibilidade» Fonte Agência Ecclesia

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