Pires
O Ministério Público pediu ontem a absolvição de um ex-emigrante de Vila Verde, acusado de ter ameaçado, em Braga, a dona de uma sapataria, alegando que esta lhe devia cerca de 130 euros.
O caso que levou ontem Carlos Farinha, de 55 anos, ao banco dos arguidos da Instância Local do Tribunal Central de Braga tornou-se particularmente conhecido nesta cidade por ele, durante vários dias, em 2013, se ter postado à frente de uma sapataria, no Largo Barão de S. Martinho, exibindo um cartaz com os dizeres “paga o que deves”.
Incomodada, a pessoa visada - Ana Maria - queixou-se ao Ministério Público (MP). Carlos Farinha foi acusado da prática de crime de ameaça agravada, sublinhando-se na acusação que o arguido abordava a ofendida na loja e na via pública com “atitudes ostensivamente ameaçadoras”. Daí que ela andasse “atormentada e receosa”.
Em Abril desse ano, o arguido Carlos entrou na loja e di sse: “eu mato-te! Mato os teus filhos e os teus empregados se não receber o dinheiro”.
No período em que expressou publicamente, através de cartaz, a sua indignação, Carlos Farinha alegou que tinha emprestado 130 mil euros à ofendida que ela não pagou. Nesta audiência, comovidamente, disse nunca ter sido intenção sua levar à prática as ameaças.
Alegadamente ausente no estrangeiro, Ana Maria não marcou ontem presença na sessão de julgamento. Uma funcionária da sapataria, entre as quatro testemunhas ouvidas da acusação e da defesa, disse ao juiz Machado Rodrigues que o arguido chamou “caloteira” à ofendida, chegando a dirigir-lhe alguns insultos como “filha da polícia”.
Nas alegações finais, o advogado Francisco Peixoto corroborou das alegações da procuradora do Ministério Público, pedindo “justiça”.
A decisão do tribunal está agendada para o próximo dia 16 deste mês.
Fonte Correio do Minho por Luís Fernandes
Veja ou reveja abaixo o vídeo com o reportagem do Correio da Manhã sobre o caso que ocorreu em Novembro 2013:
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