Pires
Estação Central de Zurique - Suíça
Relatório revela que os suíços dão mais importância à nacionalidade dos trabalhadores do que em 2010. As atitudes xenófobas diminuíram mas o racismo manteve-se.
A importância que os suíços dão à nacionalidade dos trabalhadores no país aumentou entre 2010 e 2014, segundo um relatório sobre o racismo divulgado hoje pela Confederação Suíça.
O relatório sobre as tendências racistas no país revela que "a importância da nacionalidade dos colegas de trabalho potenciais passou de 18 por cento em 2010 para 27% em 2014".
Os cidadãos suíços tendem a rejeitar as pessoas oriundas de países fora da União Europeia, refere-se no documento.
No entanto, o número de pessoas interrogadas que adotaram sistematicamente atitudes xenófobas diminuiu, passando de 30% em 2010 para 24% em 2014.
Por outro lado, a taxa relativa à rejeição de algumas nacionalidades como potenciais vizinhos voltou a subir para 13% em 2014, após uma descida de 17% para 08% entre 2010 e 2012.
O racismo relativo à cor, à língua, à religião e à nacionalidade manteve-se estável. A percentagem de opiniões racista era de 05% em 2010 e atingia perto de 06% em 2014.
O racismo contra os muçulmanos diminuiu de 45% em 2010 para 19% em 2010, provavelmente devido aos debates e ações de diálogo na sequência do referendo contra a construção de minaretes em 2009, de acordo com o documento.
As opiniões antissemitas recuaram de 15% em 2010 para 11% em 2014.
Atualmente, 29% das pessoas interrogadas acham que as autoridades não fazem o suficiente para explicar aos suíços as preocupações dos estrangeiros e 46% dos interrogados pensam que as autoridades não fazem o suficiente para explicar aos estrangeiros as preocupações dos suíços.
Além disso, a maioria das pessoas interrogadas acham que a Suíça faz o mínimo requerido para a integração dos estrangeiros.
O estudo baseou-se em três sondagens, que reuniram 1000 suíços e 700 estrangeiros em 2010, 2012 e 2014.
Cada pessoa interrogada participou numa entrevista de uma hora.
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